10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
16171 - DETECÇÃO DE CLUSTERS ESPAÇO-TEMPORAIS COM MAIOR RISCO RELATIVO PARA O DENGUE NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, NO PERÍODO DE 2008 A 2014, ATRAVÉS DA ESTATÍ JEFFERSON PEREIRA CALDAS DOS SANTOS - ENSP / FIOCRUZ, NILDIMAR HONÓRIO ROCHA - IOC/FIOCRUZ, ALINE ARAÚJO NOBRE - PROCC / FIOCRUZ
Introdução: O dengue é considerado a arbovirose reemergente de maior importância epidemiológica, com prevalência nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. A detecção de clusters para o dengue é uma importante estratégia de vigilância epidemiológica a este agravo. Possibilitando uma melhor alocação no território das estratégias de controle, priorizando áreas definidas com maior risco de transmissão. Estudos envolvendo populações humanas que apresentam baixa mobilidade são escassos, neste sentido, o presente estudo visa investigar a presença de clusters para o dengue na cidade do Rio de Janeiro em populações com alta e baixa mobilidade. Métodos: Os dados epidemiológicos foram obtidos através do Sistema Nacional de Agravos de Notificação fornecidos pelo Ministério da Saúde. As áreas de maior risco foram definidas pelo método da estatística Scan espaço-temporal, com distribuição de probabilidade Poisson. Resultados: Para a população total o cluster mais provável ocorreu no período de março a maio de 2012, na divisa das regiões Norte e Oeste (RR = 17.9; p-valor <0,001). Para a população de até cinco anos de idade o cluster mais provável seguiu o mesmo padrão temporal e espacial da população total (RR = 14.21; p-valor <0,001). Discussão: A semelhança (espaço/tempo) entre os clusters nas duas populações estudadas pode indicar que, a população é majoritariamente infectada no seu bairro de residência. Os clusters definidos nas duas modelagens ficam em uma região de desordenado crescimento urbano e baixo poder aquisitivo. Estes achados podem contribuir para o melhor planejamento das estratégias de prevenção e controle no território.
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