10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
17104 - DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA DENGUE NO RIO DE JANEIRO, 2000-2014: A EPIDEMIA FAZ DIFERENÇA? CÉLIA REGINA DE ANDRADE - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ/ENSP, ENY REGINA DA SILVA QUEIROZ - UERJ, JOYCE ROCHA DE MATOS NOGUEIRA - UERJ, NATHÁLIA CRISTINA L. DE O. AHIADZRO - UERJ, RAQUEL PROENÇA DA SILVA - UERJ, TIAGO OLIVEIRA DE SOUZA - UERJ, DANIELLE EVELINE DE QUADROS - UERJ, JOSÉ UELERES BRAGA - DEMQS/ENSP/FIOCRUZ
OBJETIVO: Descrever o comportamento epidêmico, distribuição espacial da dengue e seus fatores associados, por bairro no Rio de Janeiro, de 2000-2014. MÉTODOS: Estudou-se a variação temporal da dengue no Rio de Janeiro por curvas epidêmicas no período de 2000-2014. Foram comparadas as distribuições dos anos epidêmicos e não epidêmicos. Possíveis fatores associados às epidemias, foram estudados por diagramas de dispersão para os seguintes fatores: água canalizada da rede geral de abastecimento, coleta de lixo pelo serviço de limpeza urbana, rede geral de esgotamento sanitário e Índice de Desenvolvimento Social (IDS). RESULTADOS: Curvas epidêmicas de dengue do Rio de Janeiro permitiram identificar, além dos anos epidêmicos descritos na literatura (2002, 2008 e 2012), duas outras epidemias de dengue em 2011 e 2013. Nos anos que antecederam as duas primeiras epidemias (2001 e 2007) houve aumento no número de casos (pré-epidemias?). A curva de 2002 foi a que alcançou o maior pico. Em 2011-2013 observaram-se picos menores do que a epidemia de 2008. Os mapas temáticos revelam diferenças da distribuição de dengue nos anos epidêmicos e não epidêmicos, indicando a ocorrência das epidemias aumenta o risco de transmissão em bairros com maior susceptibilidade à infecção e maior infestação vetorial. Não foi possível detectar relação entre a incidência da dengue e os fatores estudados. CONCLUSÃO: A interação de fatores relacionados ao vetor, aos seres humanos, e aos vírus interferem na transmissibilidade da dengue modificando cenários epidemiológicos caracterizados por importantes diferenças socioeconômicas, ainda que nem sempre detectadas como nas relações estudadas nesse trabalho.
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