10/10/2017 - 13:45 - 14:40
Apresentações |
17180 - MIGRAÇÃO PENDULAR E INFECÇÃO PELO HIV NA TRÍPLICE FRONTEIRA BRASIL-PARAGUAI-ARGENTINA
RICARDO ZASLAVSKY - UNILA, PATRICIA KLARMANN ZIEGELMANN - UFRGS, BÁRBARA NIEGIA GARCIA DE GOULART - UFRGS
Migração Pendular (MP) é o movimento diário de pessoas residentes em cidades com menos recursos para cidades com mais recursos para trabalho ou estudo sem que ocorra troca de município de residência. É um tipo de mobilidade comum em região de fronteira e que se estende à procura por serviços de saúde pública. Objetivo: comparar o prognóstico da infecção pelo HIV de pacientes que não fazem MP com aqueles que fazem MP regional e MP internacional para acompanhamento no serviço de assistência especializada (SAE) no Brasil. Métodos: Coorte retrospectiva de pacientes cadastrados no SAE de Foz do Iguaçu entre janeiro de 2003 e agosto de 2011. Desfechos: morte e desenvolvimento de doenças oportunistas categorias C e B, conforme a classificação do CDC. Resultados: MP não esteve significativamente associada com morte e doença oportunista tipo C. Comparado com os residentes em Foz do Iguaçu o HR de morte foi de 1,03 (IC95%:0,69-1,54) para pacientes em MP regional e 1,07 (IC95%:0,58-1,97) para pacientes em MP internacional. Para doença oportunista tipo C foi de 0,93 (IC95%:0,6-1,41) e 0,70 (IC95%:0,34-1,42) respectivamente. Quanto à doença oportunista tipo B o HR foi significativo para MP regional (0,56. IC95%:0,35-0,92) e não significativo (0.62. IC95%: 0,38-1,01) para MP internacional (0,81. IC95%:0,44-1,50).Com ajuste para covariáveis, manteve-se ausência de significância. Conclusões: A ausência de associações significativas pode estar relacionada com o sub-registro da ocorrência de pacientes migrantes pendulares internacionais. Mais estudos são necessários para conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes que cruzam a fronteira internacional para assistência à saúde.
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