10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
17203 - COMPARAÇÃO DE DOIS METODOS PARA AVALIAR COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL NA COMPULSÃO ALIMENTAR CARLA LOUREIRO MOURILHE SILVA - GRUPO DE OBESIDADE E TRANSTORNOS ALIMENTARES, IPUB/UFRJ, CARLOS EDUARDO FERREIRA DE MORAES - (1) GRUPO DE OBESIDADE E TRANSTORNOS ALIMENTARES, IPUB/UFRJ, JOSÉ CARLOS APPOLINARIO - (1) GRUPO DE OBESIDADE E TRANSTORNOS ALIMENTARES, IPUB/UFRJ, GLORIA VALERIA DA VEIGA - INSTITUTO DE NUTRIÇÃO JOSUÉ DE CASTRO/UFRJ
Objetivo: Comparar a composição nutricional (calorias totais, carboidratos, lipídios e proteínas) de um episódio de compulsão alimentar (ECA) descrito na entrevista nutricional com aquele relatado no diário alimentar de pacientes com transtornos alimentares.
Métodos: Quarenta e três pacientes com diagnóstico de bulimia nervosa (BN) ou transtorno da compulsão alimentar (TCA) de acordo com a DSM-5 e atendidos no Instituto de Psiquiatria da UFRJ tiveram os seus ECA identificados através de 2 métodos de avaliação: entrevista nutricional e diário alimentar. Os cálculos nutricionais destes ECA foram realizados pelo Programa Diet-Pro Clínico 5.8. A análise comparativa dos 2 métodos foi realizada pelo Teste-T.
Resultados: A média de idade da amostra foi de 33,3 anos (±12,9), sendo que 88,4% eram do sexo feminino. Quanto ao diagnóstico, 53,5% apresentavam BN e 46,5% TCA, com um tempo médio de doença de 13,8 anos (±10,5). A média calórica do ECA descrito na entrevista nutricional foi 2.492 Kcal (±1.837), com uma ingestão de carboidratos em média de 55%, 33% de lipídios e 12% de proteínas do valor calórico do episódio. A média calórica dos episódios relatados no diário alimentar foi de 2.179 Kcal (±1.725), a ingestão de carboidratos foi 47,5%, lipídios 39% e 13,5% de proteínas. Não houve diferença significativa entre os grupos (p=0.528).
Conclusão: Os achados sugerem que não existem diferenças significativas na composição nutricional do ECA quando avaliado na entrevista nutricional ou quando relatado nos diários alimentares. Os dois métodos descritos podem ser úteis na avaliação dos ECA nos pacientes com transtornos alimentares.
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