10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
17330 - HIPERTENSÃO ARTERIAL EM INDÍGENAS E NÃO INDÍGENAS URBANOS NO SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE EVELYNE MARIE THERESE MAINBOURG - INSTITUTO LEÔNIDAS & MARIA DEANE, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, ESRON SOARES CARVALHO ROCHA - ESCOLA DE ENFERMAGEM, UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS, MARIA IVANILDE ARAÚJO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Objetivo: Avaliar o desempenho da Atenção Básica a partir do acesso de pacientes indígenas e não indígenas com hipertensão arterial. Metodologia: 1.044 questionários individuais (452 de indígenas e 592 de não indígenas) por amostragem estratificada proporcional por bairro associada à “bola de neve”, aplicados por indígenas treinados e supervisionados, na cidade de Manaus. Resultados: a hipertensão arterial acomete menos os indígenas (6,2%) que os não indígenas (8,9 %) (P<0,047). Nos serviços de saúde, os indígenas enfrentam mais falta de vaga ou senha (63% contra 40%) (P=0,028). Por isso, chegam a recorrer à consulta particular (17% contra 2,2% para os não indígenas) (P = 0,044). Os hipertensos indígenas são duas vezes mais numerosos a não ter feito o exame do coração ou ter feito com data mais antiga: 50% contra 23,9% entre os hipertensos não indígenas (P<0,027). Porém, há situações comuns aos dois grupos: um em cada cinco pacientes não conseguiu atendimento no primeiro serviço de saúde. Somente a metade faz um tratamento. Mais de um terço não foi a serviço de saúde há mais de um mês, para acompanhamento, talvez por conta da distância. Ninguém vem participar de grupo ou de palestra. Um terço dos pacientes recorre a outro tipo de tratamento como remédio caseiro, mas os profissionais não perguntam. Dois terços dos pacientes não recebem visita domiciliar da Estratégia Saúde da Família.Conclusões: Com tantas dificuldades no SUS, as diferenças entre hipertensos indígenas e não indígenas são menos numerosas do que esperado, mas se referem a componentes essenciais.
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