| 11/10/2017 - 13:35 - 14:15Apresentações
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          				| 16074 - UMA EXPERIÊNCIA ETNOEPIDEMIOLÓGICA: APROXIMAÇÕES E DISTANCIAMENTOS METODOLÓGICOS
 LAIO MAGNO - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB), DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA, INÊS DOURADO - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA, LUIS AUGUSTO VASCONCELOS DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES & CIÊNCIAS PROFESSOR MILTON SANTOS
 
 Objetivo: Descrever a experiência de uma análise de dados de um estudo etnoepidemiológico sobre a associação entre o estigma interpessoal e o sexo anal desprotegido com parceiros fixos (SADER) entre travestis e mulheres transexuais (TrMT), compreendendo as possíveis aproximações e os distanciamentos envolvidos num estudo com dados quantitativos e qualitativos.
 
 Metodologia: Trata-se de uma pesquisa com métodos mistos. Os dados quantitativos foram provenientes de um inquérito epidemiológico de corte transversal, realizado entre 2014 e 2015 com 127 TrMT em Salvador-Bahia. Foi utilizada a amostragem dirigida pelo participante (RDS) para recrutamento da população de estudo. 19 entrevistas em profundidade com as participantes foram transcritas e analisadas através de análise de conteúdo.
 
 Resultados: Os dados das entrevistas forneceram insights para a escolha de variáveis para o estudo e para a Análise de Classes Latentes, no sentido de classificar as participantes em classes latentes (não observadas), a partir de um conjunto de variáveis do questionário quantitativo. Os dados quantitativos foram caracterizados por oferecer uma visão panorâmica do fenômeno, através da freqüência e da associação entre estigma interpessoal e SADER, enquanto os dados qualitativos aprofundaram o fenômeno através de histórias de vida concretas de estigma, discriminação e elementos envolvidos na decisão de não utilizar o preservativo.
 
 Conclusão: A prática da análise dos dados demonstrou que o diálogo entre dados quantitativos e qualitativos foi importante para a construção e qualificação do dado epidemiológico. Ressalta-se, porém, que estes métodos possuem bases epistemológicas distintas, o que deve ser levado em consideração ao se propor uma análise etnoepidemiológica.
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