11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
17462 - GRAU DE CONCORDÂNCIA ENTRE INSTRUMENTOS DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR GUILHERME THOMÉ GARCIA - UFSC, ANA MARIA NUNES DE FARIA STAMM - UFSC, ARIEL CÓRDOVA ROSA - UFSC, ANTÔNIO CARLOS MARASCIULO - HU-UFSC, RODRIGO CONILL MARASCIULO - UFSC, CRISTIAN BATTISTELLA - UFSC, ALEXANDRE AUGUSTO DE COSTA REMOR - UFSC
Introdução: A doença cardiovascular (DCV) é a principal causa de morbimortalidade no Brasil, e a prevenção primária pode ser direcionada com ferramentas que estratificam o risco. O escore de Framingham (ERF) e QRISK®-2 (ERQ) estimam o risco cardiovascular (RCV) global em 10 anos, em indivíduos assintomáticos, mas a escolha do instrumento pode implicar em terapêuticas distintas.
Objetivo: Observar o grau de concordância entre o ERF e o ERQ, na estratificação do risco cardiovascular global em 10 anos, nos indivíduos livres da doença.
Métodos: Estudo transversal, observacional, descritivo e analítico, com uma amostra de conveniência de 74 indivíduos, atendidos em um ambulatório de ensino de um hospital universitário, no sul do Brasil, de janeiro de 2014 a janeiro de 2015. Após aplicação do ERF e do ERQ, os pacientes foram classificados em baixo/moderado (<20%) ou alto risco (=20%), em ambas ferramentas.
Resultados: A proporção de indivíduos classificados no estrato de alto risco foi superior no ERF (33,7% vs 21,6%), sendo identificado efeito sinérgico entre o gênero masculino e hipertensão arterial sistêmica nesse estrato de risco, nas duas ferramentas, e para a faixa etária geriátrica, no ERQ (p<0,05). O índice de concordância Kappa entre os dois escores foi igual a 0,519 (IC95%=0,386-0,652; p<0,001).
Conclusão: Houve concordância moderada entre o ERF e o ERQ, na estimativa de RCV global em 10 anos. Os escores utilizados podem identificar sinergismo entre as variáveis, e têm comportamento influenciado pela população na qual foram originados. É importante reconhecer a necessidade de escores calibrados para a população brasileira.
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