11/10/2017 - 13:35 - 14:15
Apresentações |
19472 - SOBREVIDA DE PACIENTES COM TUBERCULOSE E A INFLUÊNCIA DAS UNIDADES DE SAÚDE
MARLI SOUZA ROCHA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, REJANE SOBRINO PINHEIRO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, GISELE PINTO DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL
Objetivo: Analisar a sobrevida de pacientes notificados com tuberculose e a influência do perfil das unidades de saúde que acompanharam o paciente.
Método: Foram analisados os registros do Sinan de pacientes residentes e notificados no município do Rio de Janeiro no período de 2009-2013. Os pacientes foram seguidos passivamente por um ano no SIM, usando linkage probabilístico de registros. Para verificar a distribuição de riscos de cada unidade de saúde no modelo, foi utilizado o modelo de fragilidade.
Resultados: Dos 10.198 pacientes acompanhados em unidades de saúde ambulatoriais, 536 (5,3%) foram a óbito. O risco de morte foi maior para homens, idade maior de 60 anos, para os que reingressaram após abandono, comparados com os casos novos; não ter agravo álcool e doença mental mostraram como um fator de proteção. Após ajustado pelas características dos indivíduos, observou-se que o risco de morte teve influência das unidades de saúde de acompanhamento. No entanto, observa-se que muitas delas apresentaram riscos próximos, com uma unidade de saúde se destacando com menor e outra com maior risco.
Conclusão: Nesse estudo não houve diferença nos riscos de morrer nas unidades ambulatoriais, provavelmente por conta que os serviços de saúde não estarem preparados para lidar com características individuais que estão fortemente relacionadas ao risco maior de morte, como idade avançada, uso abusivo de álcool, presença de doença mental e história de tratamento anterior para a tuberculose. Esses são marcadores importantes no cuidado e no acompanhamento diferenciado que os profissionais de saúde devem atentar para minimizar desfechos desfavoráveis.
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