| 11/10/2017 - 13:35 - 14:15Apresentações
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          				| 19547 - TAXA DE CESÁREAS E INTERVENÇÕES OBSTÉTRICAS DURANTE O PARTO EM PORTO ALEGRE.
 ANA CLÁUDIA MAGNUS MARTINS - UFRGS, CAMILA GIUGLIANI - UFRGS, JULIANA CASTRO DE AVILLA - UFRGS, AGNES LERIA BIZON - UFRGS, ELSA GIUGLIANI - UFRGS
 
 Objetivo: Comparar a prevalência de cesarianas e de intervenções não recomendadas de rotina na assistência ao parto em dois hospitais de referência de Porto Alegre/RS.
 Métodos: Estudo transversal com puérperas atendidas no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e Hospital Moinhos de Vento (HMV) – serviços público e privado, respectivamente. Na maternidade, foram selecionadas aleatoriamente aquelas que tiveram recém-nascido a termo e sem intercorrências neonatais. Após 30 dias, foi aplicado um questionário em seus domicílios. Para estudo das práticas realizadas na assistência ao parto, foram excluídas as cesarianas eletivas. A análise estatística foi realizada com teste Qui-quadrado ou Exato de Fisher.
 Resultados: Foram entrevistadas 287 mulheres. A taxa total de cesarianas foi 48,1%, (82,8% no HMV e 31,4% no HCPA, p<0,001).  Das 205 pacientes que entraram em trabalho de parto, um número expressivo foi submetido à ocitocina e amniotomia, com predominância no hospital público (59% e 55,7% no HCPA; 42,4% e 15% no HMV, p=0,12 e p<0,001). Quando analisamos as mulheres com parto vaginal (N=149), as intervenções foram mais numerosas no setor privado: 33% x 8,4% de prevalência de manobra de Kristeller (p=0,013) e 18,8% x 5,3% no uso de fórceps (p=0,078). Em cerca de 50% das mulheres foi realizada episiotomia e 100% tiveram parto em posição de litotomia em ambos os hospitais.
 Conclusões: A alta taxa de cesarianas confirma os dados alarmantes de partos cirúrgicos no Brasil, sobretudo nos serviços privados. Observou-se um perfil intervencionista da assistência ao parto nas instituições estudadas, tanto no setor privado quanto no público.
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