11/10/2017 - 13:35 - 14:15 Apresentações |
20199 - SITUAÇÃO DE UMA POPULAÇÃO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO NO MERCADO DE TRABALHO MARIA APARECIDA - CENTRO DE REFERENCIA E TREINAMENTO EM DST-HIV/AIDS DO PROGRAMA ESTADUAL DE DST-HIV/AIDS DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRUNA REDOSCHI LARA - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, IGOR PRADO - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, LUCA FASCIOLO MASCHIÃO - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO, MARIA AMÉLIA DE SOUSA MASCENA VERAS - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DE SÃO PAULO
Objetivo: Caracterizar a inserção no mercado de trabalho em uma amostra de pessoas travestis e transexuais residentes em São Paulo.
Metodologia: Trata-se de estudo transversal realizado entre 2014-2015, com 672 pessoas transexuais e travestis recrutadas por meio de amostra consecutiva, por cotas, combinada com “bola de neve”, idade igual ou maior que 16 anos, de sete municípios do estado de São Paulo. Entrevista face-a-face coletou, dentre outras, informações sociodemográficas e sobre inserção e vínculo no mercado de trabalho.
Resultado: Idade média de 32 anos (DP 9,8), 49,3% (n=331) com escolaridade menor que 2o grau. Cerca de 75% (n=507) referiram estar trabalhando, 62,9% (n=319) por conta própria; Das 78,6% (n=399) trabalhadoras informais, 70,4% (n= 281) não tem contribuição previdenciária. Das 24,6% (n=165) participantes que estão fora do mercado, 37,5% (n=62) vivem de ajuda de familiares e 35,7% (n=59) de bicos.
Conclusão: A inserção das pessoas trans no mercado de trabalho é precária, com desemprego duas vezes maior do valor estimado para o estado (ente 10 e 12%), seguido de trabalho sem proteção legal. O trabalho, além de ser o principal meio de subsistência das pessoas, é repleto de significados sociais de inclusão e está associado a melhores indicadores de saúde. São urgentes estratégias de inclusão laboral para a população transexual.
|