| 11/10/2017 - 13:35 - 14:15Apresentações
 | 
        
		  
					 
          				| 20691 - PERFIL E DESFECHO DE PACIENTES USUÁRIOS DE DROGAS ILÍCITAS INTERNADOS POR CONDIÇÕES CLÍNICAS EM ENFERMARIA HOSPITALAR NÃO PSIQUIÁTRICA
 LUCIANO PASSAMANI DIOGO - HOSPITAL DA RESTINGA E EXTREMO SUL, LAURA FUCHS BAHLIS - PÓS GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA DO FAMED/UFRGS, MARIA CRISTINA COTTA MATTE - HOSPITAL DA RESTINGA E EXTREMO SUL DE PORTO ALEGRE, MARINA BESSEL - HOSPITAL DA RESTINGA E EXTREMO SUL DE PORTO ALEGRE
 
 Objetivos: Avaliar a taxa de usuários de drogas ilícitas em na internação clínica hospitalar, comparando seus desfechos e características com os demais pacientes.
 
 Método: estudo de coorte retrospectiva em hospital comunitário do sul do Brasil. Foi realizada pesquisa no sistema da presença dos por presença de palavras chaves no prontuário eletrônico. A estatística realizada com programa R.
 
 Resultados: Foram avaliadas 5362 internações no período de julho de 2014 a janeiro de 2017, destes, 152(2,8%) pacientes eram usuários ativos de drogas e 67(1,2%) tinham histórico prévio de uso. A mais utilizada foi crack (82%), depois cocaína (32%). Em relação aos controles os usuários eram em média 19 anos mais jovens, p=0,001, a maioria do sexo masculino (71,7% versus 45,4%) p<0,001 e a etnia negra/parda de 45,4% versus 25,2% entre não usuários p<0,001.  Em relação a desfecho, o grupo do estudo permaneceu em média 2,61 dias a mais internado p=0,001, com taxa de evasão de 23,7% contra 2,3% de evasão entre não usuários, p<0,001. Não houve diferença na taxa de mortalidade intra-hospitalar (2,3% e 4,3%, p=0,33). Os principais motivos de internação entre usuários de drogas foram infecções do trato respiratório (24%), tuberculose (17%) e complicações relacionadas ao HIV (15%).
 
 Conclusões: O uso de drogas ilícitas resulta em desfechos negativos entre pacientes internados em unidade clínica, com elevada taxa de evasão e abandono de tratamento, muitos com diagnóstico de tuberculose e SIDA. Estratégias e estudos neste cenário com reconhecimento do problema e intervenções precoces podem resultar em melhores qualidade do tratamento dos mesmos.
 |