09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Epidemiologia das violências |
16869 - REGIÃO METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO, NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA E DESIGUALDADE SOCIAL FELIPPE RAPHAEL E OLIVEIRA PREVIDI - UFF, SANDRA COSTA FONSECA - UFF, SÔNIA MARIA DANTAS BERGER - UFF, LUCIANA MORAIS RABELO - UFF, JOSIMARI ANTÔNIO - UFF
Objetivo
Descrever o perfil epidemiológico de casos de violência notificados na Região Metropolitana II do Rio de Janeiro, de 2009 a 2014 e identificar desigualdades sociais.
Métodos
A informação foi extraída do SINAN (http://sistemas.saude.rj.gov.br/tabnet/tabcgi.exe?sinan/violenc.def). Foram analisadas as variáveis sociodemográficas e o tipo de violência. Também foi analisada a completude dos dados. Foram descritas frequências absolutas e relativas.
Resultados
Foram notificados 5067 casos no período. Considerando os campos preenchidos, o tipo mais frequente foi a violência física (32,76%); as mulheres foram mais acometidas (73,34%), predominaram a cor parda (33,23%) e a faixa de 20-29 anos (15,87%). Apesar de preenchidos, os campos orientação sexual e identidade de gênero tiveram a resposta ignorada como mais frequente (66,2% e 99,98%, respectivamente). Quanto ao local de ocorrência, a própria residência representou 52,22% das notificações e, quanto ao município de residência, São Gonçalo representou 48,39% dos casos.
O preenchimento das variáveis sociodemográficas e das características da violência foi inadequado. Observou-se ausência em 24,8% das notificações para cor, 34,3% para escolaridade, 15,1% para local de ocorrência, 15% para número de agressores e 36,2% para a cronicidade da violência.
Conclusão
Apesar do aumento do número de notificações, sugerindo adesão à obrigatoriedade, o preenchimento inadequado prejudica sobremaneira a análise epidemiológica, dificultando a identificação de desigualdades sociais. Destacou-se o preenchimento inadequado dos campos sobre gênero e orientação sexual, temas de suma importância para a melhor caracterização do perfil das vítimas de violência.
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