09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Saúde cardiovascular |
16829 - A INFLUÊNCIA DO TIPO DE PROTEÍNA CONSUMIDA NA CALCIFICAÇÃO ATEROSCLERÓTICA: UMA ANÁLISE TRANSVERSAL DO ESTUDO ELSA-BRASIL ADÉLIA DA COSTA PEREIRA DE ARRUDA NETA - USP, JULIANA ARAÚJO TEIXEIRA - USP, BARTIRA GORGULHO - USP, ISABELA BENSEñOR - USP, PAULO LOTUFO - USP, DIRCE MARIA LOBO MARCHIONI - USP
Introdução. O escore de calcificação das artérias coronárias (CAC) representa um marcador para a presença de placas ateroscleróticas, desempenhando assim um papel importante na estratificação do risco cardiovascular. Um dos fatores de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares é a dislipidemia, a qual tem a alimentação como o fator de maior influência, com destaque para o tipo de proteína. Objetivo. Verificar a influência do tipo de proteína consumida no CAC. Métodos. Análise transversal da linha de base do Estudo ELSA-Brasil, com amostra de 4546 indivíduos que haviam respondido ao Questionário de Frequência Alimentar e apresentavam valores de CAC. O CAC foi estimado a partir tomografia computadorizada e as imagens foram analisadas através do software Brilliance Workspace e calculadas usando um limiar de 130HU. Modelos de regressão logística foram conduzidos entre as categorias de CAC (CAC=0 e CAC>0) e o consumo de proteína animal e vegetal, ajustado pela hipertensão, dislipidemia, diabetes, hábito de fumar, gênero, etnia, idade e energia. As análises foram realizadas no software Stata 12.0. Resultados. O CAC esteve associado ao tipo de proteína, observando-se a proteína vegetal (OR= 0.99/ IC=0.98 – 0.99) como fator protetor e a proteína animal (OR= 1.01/ IC=1.01 – 1.03) como fator de risco. Conclusão. Entender o papel do consumo dos tipos de proteínas no desenvolvimento de doenças cardiovasculares pode auxiliar na proposição de políticas públicas de saúde, a fim de alterar a qualidade da ingestão de alimentos e, consequentemente, a qualidade de vida.
Palavras-chave: Consumo alimentar; Escore de calcificação; Proteína animal; Proteína Vegetal.
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