10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Epidemiologia nutricional 1 |
17411 - EXCESSO DE PESO PRÉ-GESTACIONAL E GANHO DE PESO EXCESSIVO NA GESTAÇÃO: UM ESTUDO DE BASE POPULACIONAL NO EXTREMO SUL DO BRASIL LUANA PATRICIA MARMITT - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE, TATIANE NOGUEIRA GONZALEZ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE, JURACI ALMEIDA CESAR - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
Objetivo: Medir a prevalência de excesso de peso pré-gestacional e identificar fatores associados ao ganho de peso excessivo na gestação no município de Rio Grande, RS. Métodos: Trata-se de um estudo transversal de base populacional do qual fizeram parte todas mulheres residentes neste município com parto nas duas únicas maternidades locais em 2013. As informações foram coletadas por entrevista à puérpera nas primeiras 48 horas após o parto e também pelo Cartão da Gestante usado nas consultas de pré-natal. Foi considerado excesso de peso o Índice de Massa Corporal (IMC) ≥25kg/m². O ganho de peso foi avaliado conforme critérios do Institute of Medicine. Na análise dos dados utilizou-se teste qui-quadrado e regressão de Poisson obedecendo modelo hierárquico prévio. Resultados: Dentre as 1.784 gestantes incluídas no estudo, 49,4% estavam acima do peso no início da gestação; 36,5% apresentaram ganho de peso excessivo e 89% realizaram pelo menos seis consultas de pré-natal. As mulheres que já iniciaram a gravidez com sobrepeso foram as que mais contribuíram para o ganho de peso excessivo da amostra (44,3%; p<0,001). Na análise ajustada, trabalhar fora durante a gestação e ser hipertensa foram associados ao ganho de peso excessivo (p=0,001 e p<0,001; respectivamente). Apesar de ampla cobertura, o pré-natal não se mostrou protetivo em relação ao desfecho (p=0,938). Conclusão: A grande proporção de mulheres que iniciaram a gestação acima do peso e que apresentaram ganho de peso excessivo na gestação sugere a necessidade de melhoria dos cuidados oferecidos durante o pré-natal.
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