10/10/2017 - 13:45 - 14:40
Epidemiologia da saúde do adolescente |
16622 - PREVALÊNCIA DE TEMPO EXCESSIVO DE TELA NO ESTUDO DE RISCOS CARDIOVASCULARES EM ADOLESCENTES: ERICA
CAMILA WOHLGEMUTH SCHAAN - UFRGS, FELIPE VOGT CUREAU - UFRGS, KATIA VERGETTI BLOCH - UFRJ, KÊNIA MARA BAIOCCHI DE CARVALHO - UNB, BEATRIZ D’AGORD SCHAAN - UFRGS
Objetivos: Avaliar a prevalência de tempo excessivo de tela e fatores associados em participantes do Estudo de Risco Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA). Métodos: O ERICA é um estudo nacional, transversal, de base escolar envolvendo adolescentes (12-17 anos) de municípios brasileiros com mais de 100.000 habitantes. As variáveis utilizadas foram obtidas através de questionário autopreenchido. O tempo excessivo de tela (>2hs/dia) foi definido conforme recomendação da Associação Americana de Pediatria. As covariáveis estudadas foram: região, sexo, idade, cor da pele, condição socioeconômica, acesso a internet e número de televisores em casa. Foram estimadas razões de prevalências (RP) utilizando-se modelos de regressão de Poisson. Resultados: A amostra foi composta por 66.706 adolescentes, 55,4% meninas e média de idade de 14,6 anos (DP 1,6). Em média, os adolescentes brasileiros passam 3,25 h/dia (IC95% 3,21-3,31) em frente à tela. A prevalência de tempo excessivo de tela foi de 57,3% (IC95% 55,9-58,6) e está associada, em modelo ajustado, à idade entre 14-15 anos (RP=1,08; IC95% 1,03-1,12) comparado aos mais jovens, morar na região Sul (RP=1,37; IC95% 1,30-1,44) comparado ao Norte, nível socioeconômico mais elevado (RP=1,17; IC95% 1,10-1,24), ter computador com acesso à internet (RP=1,43; IC95% 1,34-1,52) e ≥4 televisores em casa (RP=1,45 IC95% 1,07-1,95). Conclusões: A maioria dos adolescentes brasileiros excede as recomendações de tempo de tela. A prevalência de tempo de tela excessivo foi maior em regiões mais desenvolvidas e entre adolescentes com melhor condição econômica. Essas informações que devem ser consideradas no planejamento de intervenções visando reduzir o sedentarismo na adolescência.
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