10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
19349 - ÓBITOS QUE FORAM OU NÃO SUBMETIDOS A AUTÓPSIAS EM SÃO PAULO: QUAIS AS DIFERENÇAS? ANA LUIZA BIERRENBACH - IEP/HSL, LUIZ ALBERTO AMADOR PEREIRA - UNISANTOS, LISIE TOCCI JUSTO LUVIZUTTO - FACULDADE DE MEDICINA DA USP, CARMEN D. SALDIVA DE ANDRÉ - INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA DA USP, PAULO AFONSO DE ANDRÉ - FACULDADE DE MEDICINA DA USP, MAURO TANIGUSHI - NUCLEO DE APRIMORAMENTO DO USO DA FAMILIA DE CLASSIFICACOES INTERNACIONAIS NO SUS - MINISTERIO DA SAUDE, CAROLINA CUNHA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, GRUPO DE PESQUISAS EM EPIDEMIOLOGIA E AVALIAÇÃO EM SAÚDE-GPEA, ELIZABETH FRANÇA - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA, FACULDADE DE MEDICINA, UFMG, LÚCIA BARROSO - INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA DA USP, PAULO H. NASCIMENTO SALDIVA - INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS DA USP, FÁTIMA MARINHO - SVS – MINISTÉRIO DA SAÚDE, CÁTIA MARTINEZ - CCD-SECRETARIA DO ESTADO DA SAÚDE – SP
OBJETIVO:
Comparar dados demográficos e causas de óbito atribuídas a falecidos que foram ou não submetidos a autópsias.
MÉTODOS:
Um estudo populacional foi realizado para avaliar as diferenças entre os óbitos ocorridos na cidade de São Paulo em 2016 e 2017 (até meados de fevereiro) que foram ou não submetidos a autópsias. Utilizaram-se dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade. As mortes forenses foram excluídas da análise.
RESULTADOS:
Das 83650 mortes não-forenses, 16015 (19,1%) foram submetidas à autópsia. As mortes por autópsia apresentaram maior proporção de homens (55% X 47,7%), indivíduos não brancos (27,3% X 26,5%), indivíduos com apenas escolaridade fundamental (65% X 56,4%) e residência fora dos bairros centrais da cidade (91,2% X 82,7%). Os óbitos submetidos à autópsia apresentaram menor média de idade (66 X 69,8 anos), ocorreram mais fora do hospital (30,4% X 7,4%) e apresentaram maior proporção de causas básicas cardiovasculares (54,4% X 25,1%).
CONCLUSÃO:
Foram identificadas diferenças entre os óbitos que foram ou não submetidos a autópsias. Estudos epidemiológicos utilizando dados de mortalidade devem levar em conta a possibilidade de generalização dos óbitos que são submetidos a autópsias.
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