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Comunicações Coordenadas

09/10/2017 - 08:30 - 09:50
Violência no trânsito e agressões

19954 - TENDÊNCIA TEMPORAL DAS TAXAS DE HOMICÍDIO NA POPULAÇÃO GERAL E NO SUBGRUPO DE HOMENS JOVENS, 2000-2014
FELIPE SOUZA NERY - ENSP, IONARA MAGALHÃES DE SOUZA - UEFS


OBJETIVO: comparar as taxas de homicídios na população geral e no subgrupo de homens jovens, nas cinco regiões do Brasil, no período de 2000 a 2014. MÉTODOS: estudo ecológico de série temporal. Analisou-se a distribuição das taxas de mortalidade por homicídio (grupo de agressões, X85 – Y09, CID-10) em ambos os grupos, nas cinco regiões do Brasil, no período de 2000 a 2014. Os dados foram obtidos do Sistema de Informação sobre Mortalidade/DATASUS e IBGE e analisados no programa STATA, versão 13. Foram calculadas as taxas padronizadas de homicídios, estimada a média para cada região do Brasil e a diferença de média através do teste t não pareado. Realizou-se análise da tendência temporal através do modelo de regressão linear simples, com correção Prais-Winsten para ajuste da autocorrelação serial e estimada a Mudança Percentual Anual (MPA), adotado p-valor ≤ 0,05. RESULTADOS: o Brasil registrou mais de 765 mil óbitos por homicídios, sendo o Sudeste e o Nordeste as regiões de maior destaque. Todas as regiões apresentaram tendência crescente, excetuando-se a região Sudeste. A MPA foi estatisticamente significativa em ambos os grupos e em todas as regiões brasileiras. A maior diferença de média foi evidenciada na região Nordeste. O risco médio da mortalidade por homicídio na população de homens jovens, com idade entre 20 e 29 anos foi duas vezes o risco médio de homicídio na população geral. CONCLUSÕES: a tendência crescente de homicídios observada representa uma preocupação para a saúde pública. Recomenda-se atuação sobre os seus determinantes para a redução dessas taxas.
Descritores: homicídio, jovens, homens


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