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A saúde das mulheres, seus filhos e filhas em destaque no Congresso Brasileiro de Epidemiologia
Os últimos 15 anos trouxeram grandes avanços no quadro epidemiológico dos nascimentos no país. Por ano, são quase 3 milhões de nascidos vivos, em média, no país, e que vieram ao mundo beneficiados pela redução alcançada na mortalidade infantil, motivada, dentre outras ações, por programas como o Estratégia da Saúde da Família, avanços na terapia de reidratação oral, no aleitamento materno e na redução das pneumonias e diarreias infantis. No entanto, ao lado dos avanços, questões na saúde perinatal têm aparecido no dia a dia dos serviços de saúde sem o devido destaque na agenda das políticas públicas, assim como a mortalidade materna ainda é alta para os atuais padrões de desenvolvimento. Estes e outros temas estarão em evidência nas mesas-redondas e palestras dedicadas à saúde materno-infantil durante o X Congresso Brasileiro de Epidemiologia, que acontece de 07 a 11 de outubro, em Florianópolis.
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Antônio Augusto Moura, professor titular do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do Maranhão (DSP/UFMA) e vice-coordenador da Comissão de Epidemiologia da Abrasco, destaca que a escolha dos temas buscou o diálogo direto com a realidade epidemiológica do país. “Em várias reuniões da Comissão Organizadora identificamos estudiosos que conduziam estudos de boa qualidade metodológica sobre temas relevantes. Ficamos impressionados com a vasta produção da epidemiologia brasileira e de ver que estudos de excelente qualidade estão acontecendo em todas as regiões do país. No Congresso serão apresentadas visões convergentes e divergentes, além de proporcionar oportunidades a grupos provenientes de diferentes regiões”.
Ele ressalta que a mulher e a criança permanecem prioridades na saúde pública brasileira, mesmo com os inúmeros avanços conquistados. “Se, por um lado, velhos problemas persistem apesar da redução da sua magnitude, novos problemas, como a zika, demandam atenção, ao passo que problemas persistentes continuam nos desafiando, como a violência. O nosso Congresso ocorre num momento onde o Brasil enfrenta uma grande redução no volume de recursos financeiros alocados para a pesquisa científica. O debate está posto: como enfrentar problemas novos, velhos e persistentes em um momento de escassez de recursos para a pesquisa científica?”, pergunta ele, apontando a necessidade de se debater o que se produz em Epidemiologia com o atual estado e o que se quer alcançar na política científica brasileira.
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Confira abaixo a lista completa das atividades voltadas para o debate sobre a saúde materno-infantil e saúde das mulheres no X Congresso Brasileiro de Epidemiologia
Sábado, 07 de outubro
08:00 - 17:00 - Curso: Desenvolvimento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade – Com Joviana Avanci (RJ) e Fernanda Serpeloni (RJ)
08:00 - 17:00 - Curso - Novas tecnologias para identificar possíveis casos de zika vírus: coleta e análise de dados em tempo real – Com Rogério Luiz Araújo Carminé (AM) e Priscilla Costa Ciodaro de Souza (DF)
Domingo, 08 de outubro
08:00 - 17:00 – Oficina - Desenvolvimento e Saúde Mental na primeira infância no contexto da Atenção Básica: reflexões decorrentes da epidemia do zika vírus
Segunda-feira, 09 de outubro
11:10 - 13:00 - Mesa-redonda - Diagnóstico e estratégias para prevenção da obesidade em escolares - Com Maria Alice Altenburg de Assis (UFSC); Rosângela Alves Pereira (RJ), e Luis Moreno (Espanha)
14:50 - 16:40 - Mesa-redonda - Zika como emergência em saúde pública: resultados das coortes brasileiras de gestantes e neonatos – Com Ricardo Ximenes (PE); Mayumi Duarte Wakimoto (RJ), e Adriana Suely de Oliveira Melo (PB)
Terça-feira, 10 de outubro
11:10 - 13:00 - Mesa-redonda - Novas curvas de ganho de peso gestacional e o SUS – Com Dayana Rodrigues Farias (RJ); Michele Drehmer (RS), e Vivian Siqueira Santos Gonçalves (DF)
14:50 - 15:40 - Palestra - Morbidade materna graves, near miss e óbito materno – Com Rodolfo Pacagnella (SP)
14:50 - 15:40 - Palestra - Violência contra a mulher: panorama global e ações de enfrentamento – Com Nadine Gasman (DF)
15:50 - 16:40 - Palestra - Parto e nascimento no Brasil - do normal ao normalizado: consequências para mães e bebês – Com Maria do Carmo Leal (ENSP/Fiocruz)
15:50 - 16:40 - Palestra - Transmissão sexual do zika vírus: o que já sabemos e por que isso importa – Com Philippe Mayaud, da LSHTM/UK
Quarta-feira, 11 de outubro
11:10 - 13:00 - Mesa-redonda - Epidemiologia genômica de doenças complexas em coortes brasileiras de base populacional – Com a participação de Maurício Barreto (Cidacs/IGM/Fiocruz) com a comunicação Coorte de crianças de Salvador, além de Maria Fernanda Furtado de Lima e Costa e Bernardo Lessa Horta
10:00 - 11:00 - Conferência - A resposta brasileira à emergência da epidemia pelo vírus zika – Com Celina M. Turchi (CPqAM/Fiocruz)
11:10 - 13:00 – Mesa-redonda - Violências nas distintas fases da vida: magnitude e impactos na infância, juventude e velhice – Com a comunicação “Prevalência e impactos da violência na infância”, de Maria Helena Hasselmann (RJ), entre outros.
14:20 - 16:10 – Mesa-redonda - Um panorama da discussão sobre o aborto na América Latina – Com Margareth Martha Arilha Silva (SP); Greice Maria de Souza Menezes (UFBA); e Jefferson Drezett Ferreira (SP)
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