09/10/2017 - 08:30 - 09:50 Alimentação e ambiente |
19773 - EFEITO DO TEMPO DE RESIDÊNCIA NA ASSOCIAÇÃO ENTRE VIZINHANÇA, CAPITAL SOCIAL E SAÚDE: UMA ANÁLISE MULTICÊNTRICA DOS RESULTADOS DO ELSA-BRASIL. CARLA GRACIANE DOS SANTOS - FSP/USP, SIMONE M. SANTOS - FIOCRUZ, Mª DE JESUS FONSECA - FIOCRUZ, ROSANE HARTER GRIEP - FIOCRUZ, ISABELA JUDITH MARTINS BENSEñOR - FM/USP, PAULO ANDRADE LOTUFO - FM/USP, ALEXANDRE DIAS PORTO CHIAVEGATTO FILHO - FSP/USP
Objetivo. Analisar se o tempo de residência no bairro altera o efeito das características da vizinhança e do capital social na autopercepção de saúde. Metodologia. Foram analisados os dados do ELSA–Brasil (2008-2010), composto por uma coorte de 15.105 funcionários públicos de seis capitais brasileiras. As variáveis independentes de interesse foram os domínios de capital social (apoio social, e prestígio e educação) e características de vizinhança (walkability, segurança e violência percebida). A variável dependente foi a autopercepção de saúde ruim. Modelos de regressão logísticos foram separadamente ajustados para os tempos de corte: menos de 10 anos, entre 11 a 25 anos e mais de 25 anos. Resultados. O domínio de apoio social apresentou associação consistente com a autopercepção de saúde, e as características de vizinhança não modificaram de modo expressivo essa relação, independentemente do tempo de residência no bairro. Entre indivíduos com apoio social elevado, o odds ratio (OR) foi de 0,69 (IC95%: 0,59-0,80) para os indivíduos com menos de 10 anos de residência, OR 0,78 (IC95%: 0,65-0,93) entre 10 a 25 anos de residência e OR 0,76 (IC95%: 0,63-0,92) para os com mais de 25 anos. O domínio de prestigio e educação associou-se com o desfecho somente no intervalo de 11 a 25 anos, e as características de vizinhança também não modificaram seus efeitos quando introduzidas nos modelos. Conclusão. Os resultados indicam que o tempo de residência no bairro tem importância reduzida sobre o efeito das características de vizinhança e do capital social na autopercepção de saúde.
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