09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
16256 - ANÁLISE ESPACIAL DOS CASOS DE AIDS NO BRASIL DE 2011 A 2015 FLÁVIA KELLI ALVARENGA PINTO - MINISTÉRIO DA SAÚDE, FLÁVIA MORENO ALVES DE SOUZA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, ADELE BENZAKEN - MINISTÉRIO DA SAÚDE, GERSON FERNANDO MENDES PEREIRA - MINISTÉRIO DA SAÚDE
Objetivo: Identificar a distribuição espacial do risco de ocorrência de aids no Brasil no período de 2011 a 2015.
Métodos: Estudo ecológico e descritivo. Usou-se dados secundários obtidos nas bases do Ministério da Saúde. Os casos foram geocodificados, a partir do município de residência. Utilizou-se o modelo discreto de Poisson para identificar conglomerado de maior risco para a ocorrência de aids no espaço.
Resultados: No período foram notificados 205.660 casos de aids, distribuídos em 4.664 (83,8%) municípios. Na análise espacial, observou-se um conglomerado de alto risco de 245,75km2, distribuído em 245 municípios de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com forte significância estatística (p-valor < 0,001). Esse englobou 23.870 (11,6%) casos de aids e o risco relativo 2,53. No conglomerado, observa-se uma participação maior de mulheres 40,7% em relação a outros municípios. Em ambos os sexos a raça branca foi predominante e a faixa etária mais acometida refere-se a 30-39 anos. A principal via de transmissão foi sexual com predomínio da categoria de exposição heterossexual (74,4%), enquanto em outras áreas esta categoria era 64,6%.
Conclusão: Os fatores associados ao conglomerado de alto risco podem ser atribuídos ao acesso tardio ao diagnóstico e ao tratamento da infecção pelo HIV; possíveis desigualdades na prestação de serviços e elevada coinfecção tuberculose/HIV. Ressalta-se que a via de transmissão sexual heterossexual justifica o incremento de casos de aids em mulheres. Portanto, é mister aumentar o investimento em ações de prevenção e controle da aids e ampliar políticas públicas específicas nestes municípios.
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