09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
16675 - AUTORRELATO DE DEPRESSÃO: QUAL A PREVALÊNCIA NA ZONA RURAL DE PELOTAS, RS? NATHALIA BRANDÃO PETER - UFPEL, MARINA SOARES VALENÇA - UFPEL, LUÍSA BORGES TORTELLI - UFPEL, LUDMILA CORREA MUNIZ - UFPEL, SAMANTA WINCK MADRUGA - UFPEL
Objetivo: Descrever a prevalência de depressão e investigar sua associação com variáveis sociodemográficas e tipo de trabalho. Metodologia: Estudo transversal de base escolar com pais/responsáveis de escolares da zona rural de Pelotas, em 2015. As informações foram coletadas através de um questionário, contendo a seguinte pergunta para o desfecho “Algum médico já disse que você tem depressão?”. Como variáveis de exposição foram investigadas o sexo, idade, cor da pele, escolaridade, tipo de trabalho e horas por dia de trabalho. As análises foram feitas pelos testes de qui-quadrado e tendência linear, assumindo-se um nível de significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina, UFPel, sob nº 950.128. Os participantes assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: A amostra foi composta por 1030 indivíduos (21,5% de perdas), onde 16% apresentaram depressão autorreferida. Entre as mulheres a prevalência foi maior do que nos homens (p=0,012). Os resultados mostram que a prevalência de depressão aumenta significativamente conforme o aumento da idade (p<0,001), e ainda, apontam uma relação inversa com a escolaridade, ou seja, quanto menor o nível de escolaridade maior a prevalência de depressão (p=0,027). Não houve diferença estatística entre as demais variáveis investigadas. Conclusões: Os resultados indicam uma alta prevalência de depressão na zona rural, principalmente entre as mulheres, aqueles de menor nível de escolaridade e idade mais elevada. Propõe-se então, a investigação dos determinantes dessa patologia que acarreta importantes prejuízos pessoais, ocupacionais e socioeconômicos, como o elevado número de faltas no trabalho.
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