09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
16876 - ATENÇÃO À SAÚDE DOS INDÍGENAS COM TUBERCULOSE ATIVA NO MATO GROSSO DO SUL, BRASIL LAÍS PICININI FREITAS - ENSP, IDA VIKTORIA KOLTE - ENSP, JOCIELI MALACARNE - ENSP, PAULO CESAR BASTA - ENSP, REINALDO SOUZA DOS SANTOS - ENSP
Objetivo: Analisar a atenção à saúde dos indígenas com tuberculose e explorar fatores associados ao desfecho do tratamento.
Métodos: Estudo longitudinal descritivo e analítico, com entrevista e dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de casos novos de tuberculose em indígenas de 4 pólos-base do Mato Grosso do Sul de 2011-2012. Foi feita análise descritiva por pólo-base. Indicadores de acompanhamento foram calculados.
Resultados: Foram incluídos 166 indígenas com tuberculose, maioria homem, 20-44 anos de idade. A maioria foi diagnosticada por busca ativa em Amambai (70,2%), e na unidade básica de saúde nos demais pólos-base. 41,0% dos casos levou 5 semanas ou mais para o diagnóstico. 80,7% tinham resultado da cultura. Destes, 30,6% foram negativos. Casos novos (95,2%), pulmonares (85,5%), esquema terapêutico básico (88,0%), tratamento diretamente observado (99,4%) e atendimento por agente indígena de saúde (83,7%) foram mais comuns. Considerando o relato dos pacientes, a maioria teve acompanhamento excelente em Amambai (66,7%) e Caarapó (87,2%) e regular em Miranda (66,7%) e Aquidauana (75,0%). 32,5% relataram que nenhum contato foi examinado para tuberculose. A maioria evoluiu para a cura, com 2 abandonos (trabalhadores da usina, um com acompanhamento bom e outro regular) e 1 caso de tuberculose multirresistente (acompanhamento excelente). Os três eram casos novos de Amambai.
Conclusões: Apesar dos bons indicadores de acompanhamento e desfecho, a tuberculose continua sendo um problema grave nas comunidades estudadas. Melhorias na detecção dos casos, rápido início do tratamento e intensificação na investigação de contatos são necessários para combater a propagação da doença.
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