09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
16889 - EFEITO DA EXPOSIÇÃO À VIOLÊNCIA SOBRE OS COMPORTAMENTOS DE RISCO NA ADOLESCÊNCIA DANDARA DE OLIVEIRA RAMOS - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, MARTIN DALY - MCMASTER UNIVERSITY, CANADA, MARIA LUCIA SEIDL-DE-MOURA - UERJ, PAULO NADANOVSKY - INSTITUTO DE MEDICINA SOCIAL – UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (IMS/UERJ) E ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA - FIOCRUZ
Objetivos: Investigar o efeito da exposição à violência (EV) sobre os comportamentos de risco à saúde de adolescentes das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal e analisar a associação entre a magnitude deste efeito e fatores contextuais no nível da cidade. Métodos: Estudo transversal com base nos dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2012). Foram estimados modelos de regressão logística da associação entre EV e os comportamentos de risco estudados, para cada cidade. Depois de extraídas as Razões de chances e suas medidas de tamanho de efeito (d de Cohen), estas foram correlacionadas com medidas de risco (taxa de mortalidade jovem por causas externas), imprevisibilidade ambiental (índice Gini) e razão de sexos de cada capital, através da correlação de Spearman. Resultados: A EV se mostrou associada com o uso de drogas (RC=2,58; IC95% 2,29–2,91; d=0,43), cigarro (RC=2,11; IC95% 1,94–2.30; d=0,37), sexo sem proteção (RC=2,04; IC95% 1,78–2,33; d=0,40) e episódios de embriaguez (RC=2,05; IC95% 1,97–2,14; d=0,37). Na amostra geral, a magnitude dessa associação se mostrou relacionada com a taxa de mortalidade jovem por causas externas (uso de drogas- d=0,42; p<0,05 e sexo sem proteção- d=0,37; p<0,05) das cidades e na amostra feminina, associou-se com o Gini (episódios de embriaguez- d=0,60; p<0,05) e com a razão de sexos (d= -0,36; p<0,05). Conclusões: Os achados reafirmam a importância da análise de fatores de risco em diferentes níveis contextuais e indicam a pertinência do modelo evolucionista no estudo dos comportamentos de risco na adolescência.
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