09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
17023 - ANÁLISE DA MORTALIDADE DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL POR VIOLÊNCIAS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (2000 A 2014) ALINE PATRÍCIA DOS SANTOS BEZERRA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO NATAL - SMS NATAL, GABRIELLA MORAIS DUARTE - UFPE, KARINA CARDOSO MEIRA - UFRN, ALINE KATARINE MARQUES DELGADO FREITAS - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO NATAL - SMS NATAL, JULIANA BRUNA DE ARAÚJO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO NATAL - SMS NATAL, DENISE CRISTINA DE OLIVEIRA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO NATAL - SMS NATAL, LÁZARO JOSÉ DO NASCIMENTO FELIPE - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO NATAL - SMS NATAL
Objetivos: O presente estudo objetivou analisar a mortalidade de mulheres em idade fértil (MIF) por violências no estado do Rio Grande do Norte (RN), entre os anos 2000 a 2014. Métodos: Trata-se de estudo ecológico e exploratório baseado no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e informações demográficas disponibilizadas pelo IBGE. Foram calculadas taxas padronizadas de mortalidade de mulheres em idade fértil, incorporando-se as análises das taxas de mortalidade padrão segundo faixa etária e grupo CID-10. Realizou-se também análise da tendência temporal por meio de regressão linear, distribuição espacial com auxilio do Tabwin e Terraview com cálculos do Índice Global de Moran e os Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) por cada óbito. Resultados: Entre os anos de 2000 a 2014 ocorreram 12.926 óbitos de MIF, sendo a violência responsável por 9,75% dos óbitos (n=1.261). Observou-se uma tendência crescente significativa estatisticamente (p<0,05), que representou o crescimento médio anual de 4,4 óbitos. Os maiores crescimentos foram observados entre os óbitos ocorridos em MIF entre 10 e 14 anos, raça preta e com ocorrência em via pública. Observou-se que óbitos por violência em MIF foram responsáveis por mais de 57.000 APVP, que representa uma média de 45,6 anos perdidos por cada óbito. Conclusão: Este estudo buscou apresentar a magnitude e singularidade dos óbitos violentos em MIF no RN. Os resultados sinalizam associações significantes, entre a violência estrutural e a violência de gênero, mostrando a incumbência do sistema de saúde em desenvolver estratégias no âmbito da promoção, prevenção e assistência que possam contemplar o seu enfrentamento de modo intersetorial.
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