09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
17122 - DETERMINANTES SOCIAIS DA VARIAÇÂO ESPACIAL DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA NO BRASIL. THIAGO LUIS CARDOSO NASCIMENTO - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA, MARIA DA CONCEIÇÃO NASCIMENTO COSTA - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA, MARCIO SANTOS DA NATIVIDADE - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA, FLÁVIA JÔSE OLIVEIRA ALVES - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA, GREICE MARIA DE SOUZA MENEZES - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA
Introdução: Nos últimos anos, vem se observando um aumento da participação relativa da gravidez na adolescência, no Brasil. Neste país, são escassos os estudos de agregados sobre gravidez nesta fase da vida abrangendo todo o país. Objetivo: Analisar potenciais determinantes socioeconômicos da variação espacial da gravidez na adolescência no Brasil, 2014. Método: Estudo ecológico espacial abrangendo adolescentes de 15-19 anos, em 5157 municípios. Mapas temáticos foram construídos para examinar o padrão de distribuição espacial das taxas suavizadas da fecundidade adolescente (proxy da gravidez na adolescência) nos municípios. Após identificar-se presença de autocorrelação e suavização dessas taxas pelo método Bayesiano Empírico Local, empregou-se modelos de regressão linear espacial autoregressivos/SAR bivariado e multivariado para verificar associação com Índice de Gini, renda familiar média per capita, proporção de população com até ½ salário mínimo e proporção de puérperas de 15-19 anos com <8 anos de estudo. Resultados: A distribuição das taxas de fecundidade adolescente nos municípios foi bastante desigual, sendo mais elevadas nas regiões Norte e Centro-Oeste. Todos os determinantes avaliados mostraram-se associados à variação espacial desse desfecho (Índice de Gini β=7.0308, p=0.0010; Renda familiar per capita β= - 0,1042, p=0.0000; proporção da população de baixa renda β=0,1269, p=0.0200; taxa de escolaridade β= - 0,2596, p=0.0000). Conclusão: A desigualdade na distribuição dos indicadores socioeconômicos entre municípios foi importante determinante da variação espacial da gravidez na adolescência. Isto evidencia que o enfrentamento deste problema vai além das ações da área de saúde e impõe uma articulação intersetorial, visando minimizar as desigualdades sociais e regionais.
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