09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
17584 - TENDÊNCIA DE MORTALIDADE POR AIDS NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO ENTRE 2000 E 2014 ANA PAULA DA CUNHA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA (ENSP/FIOCRUZ), MARLY MARQUES DA CRUZ - DEPARTAMENTO DE ENDEMIAS SAMUEL PESSOA (DENSP/ENSP/FIOCRUZ), SOLANGE KANSO - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA (ENSP/FIOCRUZ)
Objetivo: Analisar a tendência de mortalidade por aids no município do Rio de Janeiro entre 2000 e 2014.
Método: Estudo ecológico de séries temporais sobre as taxas de mortalidade por aids segundo sexo, faixa etária e raça/cor, com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM/Datasus), utilizando a regressão de Prais-Winsten.
Resultados: Registraram-se 11.817 óbitos por aids no município do Rio de Janeiro no período. A tendência da mortalidade por aids foi estacionária (-0,1%; IC95% -1,2;1,0) e as taxas de mortalidade variaram de 13,9 óbitos por 100.000 habitantes em 2000 para 13,3 óbitos por 100.000 habitantes em 2014. Os homens alcançaram as maiores taxas e tendência estacionária (-0,6%. IC95% -1,8; 0,6), enquanto que entre as mulheres a tendência foi crescente (0,9%; IC95% 0,2; 1,7). Os adultos tiveram taxas elevadas e tendência estacionária (-0,5%; IC95% -1,7; 0,8) e entre os idosos as taxas foram menores e a tendência crescente (9,3%; IC95% 4,7; 14,0). A raça/cor preta evidenciou maiores taxas e tendência estacionária (-1,3%; IC95% -3,4; 5,7). Entre os brancos as taxas foram menores e a tendência estacionária (-1,0%; IC95% -2,2; 0,3). Pardos e negros evidenciaram taxas expressivas e tendência crescente (pardos: 6,3%; IC95% 5,4;7,3/ negros:4,6%; IC95% 3,4;5,7).
Conclusões: A mortalidade por aids no município do Rio de Janeiro teve uma tendência estacionária no período, mas para as mulheres, idosos, pardos e negros a tendência foi crescente. O conhecimento desse perfil sinaliza a necessidade de aprofundamento acerca de seus determinantes, assim como do direcionamento de políticas e programas com enfoque nessas populações.
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