09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
17703 - EPIDEMIOLOGIA DO SUICÍDIO LGBT EM SÃO PAULO ALLAN GOMES DE LORENA - APSP, ALÍCIA KRÜGER - DIAHV/SVS/MS, DENISE RACHEL DE CARVALHO CIMINO - SUVIS - MO/AR
Analisar os casos notificados de violência autoprovocada no município de São Paulo segundo orientação sexual e identidade de gênero entre julho/2015 e dezembro/2016.
Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo que utiliza dados secundários para a coleta, processamento e análise do material em questão. Os dados foram retirados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan-net) pela Supervisão de Vigilância a Saúde (SUVIS) Mooca/Aricanduva.
No município de São Paulo, entre julho/2015 e dezembro/2016 foram registrados vinte sete mil e cento e cinco (n=27.105) casos de violência interpessoal/autoprovocada, destes, três mil e trezentos e quatro (n=3.304) são notificações de violência autoprovocada em heterossexuais (n=1.626), homossexuais (gay/lésbica, n=69), bissexuais (n=13), não se aplica (n=282) e ignorado (n=1.314). Ainda, foram registrados casos de violência autoprovocada em travestis (n=13), mulheres transexuais (n=25), homens transexuais (n=7), não se aplica (n=1.797) e ignorado (n=1.462).
Os dados epidemiológicos das violências sofridas pela população LGBT enfrentam problemas comuns dos sistemas de informação, como: falta de dados fidedignos e subnotificação. Contudo, as variáveis, orientação sexual e identidade de gênero, são fundamentais para compreender como a violência autoprovocada – enforcamento, envenenamento, disparo de arma de fogo, objeto cortante, outros meios – comporta-se na população LGBT, no sentido de criar ações e estratégias sobre o suicídio enquanto problema de saúde pública, além de ampliar o acesso à saúde para populações específicas no SUS, atendendo aos princípios da equidade e universalidade.
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