09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
18314 - CARACTERIZAÇÃO DAS MULHERES COM MORBIDADE MATERNA GRAVE MAGNA SANTOS ANDRADE - UNEB, ANA CAROLINA ARRUDA FRANZON - USP, JAZMIN ANDREA CIFUENTES SANCHEZ - USP, LÍVIA PIMENTA BONIFÁCIO - USP, LÍVIA MARIA DE OLIVEIRA CIABATI - USP, JOÃO PAULO DIAS DE SOUZA - USP, ELISABETH MELONI VIEIRA - USP
Objetivo: Caracterizar as mulheres com Morbidade Materna Grave - MMG (Condição Potencialmente Ameaçadora à Vida - CPAV e Near Miss Materno - NMM) atendidas nos hospitais públicos do município de Ribeirão Preto – São Paulo. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, realizado entre 03 de agosto de 2015 a 02 de fevereiro de 2016, com puérperas hospitalizadas nas quatro instituições públicas que oferecem assistência obstétrica no município, sendo uma destas instituições referência para gestação de alto risco para os 26 municípios da Diretoria Regional de Saúde XIII. Foram entrevistadas todas as 259 mulheres com MMG durante o período do estudo. Os dados foram coletados a partir do prontuário, cartão do pré-natal e entrevista a partir da aplicação de questionário semiestruturado. Resultados: Foram contabilizados 3502 nascidos-vivos e 259 casos de MMG, destes 19 eram NMM (7,3% das MMG). Para cada 1.000 nascidos-vivos ocorreram 68,5 casos de CPAV e 5,4 de NMM. As mulheres pesquisadas possuem entre 23 e 27 anos (23,2%) e 28 e 32 anos (22,7%), 8 anos ou mais de escolaridade (76,1%), vivem com companheiro (78,0%), pretas/pardas (62,5%), classe C (50,6%), tem entre 1 e 2 partos prévios (43,3%) e gestação não foi planejada (57,3%). Conclusões: Os casos de MMG ocorrem com importante frequência e as mulheres acometidas caracterizam-se por serem jovens, possuírem bom nível de escolaridade, pertencem a classes sociais mais baixas e não desejavam engravidar no momento, o que mostra a necessidade não apenas da qualidade na assistência ao pré-natal e parto, mas também a importância do adequado planejamento reprodutivo.
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