09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
18333 - ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDOS E A MEDIÇÃO DO IMPACTO NA MORTALIDADE POR CAUSAS VIOLENTAS MIRLA RANDY BRAVO FERNANDEZ - UNICAMP, RICARDO CARLOS CORDEIRO - UNICAMP, EHIDEÉ ISABEL GOMEZ LA ROTTA - UNICAMP
Diante do crescente aumento no coeficiente de mortalidade por causas violentas no Brasil entre adolescentes e adultos jovens e sua relação com a consequente perda do potencial econômico na sociedade, este estudo teve como objetivo avaliar os anos potenciais de vida perdidos (APVP) entrem adolescentes e jovens e suas diferenças por faixas etárias e sexo em um grande centro urbano brasileiro. Realizamos estudo transversal no município de Campinas incluindo o total dos óbitos por causas externas em 2015; o calculo dos APVP foi realizado com base na esperança de vida para a população de Campinas no mesmo ano, padronizando pela base populacional brasileira. A media de idade e desvio padrão dos 421 óbitos ocorridos foi de 37,11 anos (12,9) com mediana de 36,00 variando entre 15 e 69 anos; a media de anos de escolaridade foi de 5,34 (2,36) com mediana de 4, variando de 1 a 10 anos; 86% homens; 61,3% brancos; 41,6% deles eram trabalhadores formais. As variáveis idade e escolaridade não tiveram distribuição normal (K-S p<0,001). Ao comparar encontramos diferença na mediana da idade entre homens e mulheres (K-W p<0,001) e na mediana de anos de escolaridade por raça (K-W p<0,004). O coeficiente de APVP padronizado por 1000 habitantes foi maior entre os homens (29.53) quando comparado com as mulheres (3.98), concentrando-se a maior perda entre os 15 e 39 anos tanto em homens (22.72) como em mulheres (2.95). Podemos concluir que a carga dos APVP por causas externas (violentas) em Campinas é decorrente as mortes de adolescentes e adultos jovens do sexo masculino.
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