09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
18905 - AUTOIMAGEM CORPORAL: RETRATO DE ADOLESCENTES RURAIS DO SEMIÁRIDO DA BAHIA CAMILA SILVEIRA SILVA TEIXEIRA - UFC, BÁRBARA CABRAL DE SOUSA - UFC, GISLANE PEREIRA LIMA - UFBA, VANESSA MORAES BEZERRA - UFBA, ÁLVARO JORGE MADEIRO LEITE - UFC, DANIELLE SOUTO DE MEDEIROS - UFBA
Objetivo: Caracterizar a autoimagem corporal e concordância com o estado nutricional e atitudes em relação ao peso de adolescentes de uma zona rural do semiárido baiano. Métodos: Estudo transversal, de abordagem domiciliar, com 390 adolescentes de 10 a 19 anos, da zona rural no município de Vitória da Conquista, Bahia, em 2015. Utilizou-se questionário adaptado da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar e aferidos peso e estatura. As diferenças entre os sexos foram estimadas pelo qui-quadrado e o kappa (k) ponderado utilizado para avaliar a concordância. Resultados: 31,0% das meninas percebiam-se muito magras/magras e 20,6% gordas/muito gordas, enquanto que essa percepção foi, respectivamente, de 25,3% e 13,7% para meninos; 43,0% das meninas e 29,4% dos meninos estavam tentando perder ou ganhar peso. Destes, 75,7% das meninas e 80,3% dos meninos eram eutróficos. Houve concordância entre estado nutricional e atitudes condizentes com a imagem corporal, para meninas (k=0,36) e meninos (k=0,27) (p<0,001). Para as atitudes em relação ao peso e autoimagem, os valores de kappa foram 0,38 meninas e 0,47 para meninos (p<0,001). Conclusões: As frequências de autoimagem corporal encontradas foram semelhantes aos resultados de pesquisas nacionais, no entanto, a prática de atitudes prejudiciais à saúde foi menos comum. Os adolescentes tiveram percepção imprecisa do peso e comportamento relacionado ao peso inadequado. A influência das diversidades culturais e pressões do ambiente e mídia podem conduzir comportamentos e percepções. Sugere-se estratégias dirigidas aos adolescentes dessa região, com parceria entre os setores educacional e de saúde, para possibilitar o enfrentamento dos problemas observados.
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