09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
18970 - CARACTERIZAÇÃO DOS ÓBITOS POR LEISHMANIOSE VISCERAL NO RIO GRANDE DO NORTE, 2007 A 2016 XIMENYA GLAUCE DA CUNHA FREIRE LOPES - SESAP-RN, ODETE VICTOR DE AMORIM BARROS - SESAP-RN, IRACI DUARTE DE LIMA - UFRN, MARIA DE LIMA ALVES - SESAP-RN, JOSEFA NIVAN DE OLIVEIRA COSTA - SESAP-RN, MARIA CRISTINA AMADOR - SESAP-RN, PAULO ROBERTO DA NÓBREGA COSTA - SESAP-RN
O presente trabalho objetiva descrever as características dos óbitos por leishmaniose visceral (LV) no Rio Grande do Norte, notificados no período de 2007 a 2016. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo, de caráter quantitativo, através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). No período analisado, foram confirmados 981 casos de LV, dos quais 61 (6%) evoluíram para óbito. Os óbitos prevaleceram em residentes de áreas urbanas (70%), pessoas do sexo masculino (72%), de cor parda (72%), com baixa escolaridade e na faixa etária de 35 a 49 anos (25%). A mediana do tempo decorrido entre o início dos sintomas e a notificação foi de 31 dias. As principais manifestações clínicas foram: febre (90%), fraqueza (84%), aumento do fígado e baço (80%), palidez (79%), emagrecimento (77%), tosse e/ou diarreia (67%) e edema (51%). A maioria dos indivíduos foi diagnosticada por critério clínico-laboratorial (92%), sendo o exame parasitológico o método mais utilizado para confirmação diagnóstica (57%). A anfotericina B lipossomal foi a droga mais usada no tratamento (41%). Dos casos que evoluíram para óbito, 15% eram coinfectados com HIV. No Rio Grande do Norte, a crescente taxa de letalidade por LV nos últimos anos pode estar relacionada ao diagnóstico em fase avançada da doença, em virtude da demora na procura por assistência e/ou à baixa capacidade da rede básica de saúde na detecção dos casos. Além disso, outro fator a ser considerado é o crescimento da coinfecção LV-HIV, já que indivíduos coinfectados são mais susceptíveis a recidivas e óbito.
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