09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
18986 - ALIMENTAÇÃO FORA DE CASA E O CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRA-PROCESSADOS EM ADOLESCENTES E ADULTOS BRASILEIROS. GIOVANNA - FACULDADE DE MEDICINA - USP, MARIA FERNANDA GOMBI-VACA - FACULDADE DE MEDICINA - USP, RENATA BERTAZZI LEVY - FACULDADE DE MEDICINA - USP
Objetivos: Descrever o consumo de alimentos dentro e fora de casa segundo grau e extensão do processamento industrial. Avaliar associação entre o consumo fora de casa e a participação de alimentos ultraprocessados na dieta.
Metodologia: Trata-se de um estudo transversal utilizando o Módulo de Consumo Pessoal da Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística entre maio de 2008 e maio de 2009. Os alimentos foram agrupados segundo a classificação NOVA. O hábito de comer fora de casa foi avaliado por meio de dois indicadores: o percentual de calorias consumidas fora e a frequência de dias em que cada indivíduo relatou realizar refeições fora de domicílio, ambos descritos segundo características sóciodemográficas. Foi estimado o percentual de participação dos grupos e subgrupos alimentares no total de calorias e segundo local de consumo. Modelo multinível foi aplicado para avaliar a associação entre comer fora de casa e a participação de alimentos ultraprocessados na dieta.
Resultados: Embora a maioria das calorias consumidas fora de casa no Brasil provenham de preparações culinárias, observa-se uma maior contribuição de calorias de alimentos ultra-processados fora de casa. Quando comparado com o consumo exclusivamente dentro do domicílio, realizar refeições fora de casa aumenta em 51% o consumo de alimentos ultraprocessados.
Conclusão: No Brasil, comer fora foi associado com o consumo de alimentos ultra-processados. A fim de desencorajar o consumo de alimentos ultra-processados fora de casa, mostra-se necessário a implementação de políticas públicas como a taxação de alimentos e a limitação dos pontos de venda.
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