09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
19112 - ANÁLISE DE FATORES ASSOCIADOS A SOBREVIDA DE CRIANÇAS MENORES DE UM ANO DE IDADE NASCIDAS EM 2009 NO BRASIL RAQUEL BARBOSA DE LIMA - FIOCRUZ, JUAN JOSÉ CORTEZ ESCALANTE - OPAS, HELENA LUNA FERREIRA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, ANTONY PETER STEVENS - MINISTÉRIO DA SAÚDE
Analisar o perfil de nascimentos, sobrevivência e fatores associados ao risco de morte em menores de um ano de idade. Trata-se de um estudo de coorte não concorrente de nascidos em 2009, acompanhados durante seu primeiro ano cujo desfecho foi o óbito, cujas ocorrências foram notificados nos sistemas de informações sobre mortalidade e nascimentos do Brasil, os fatores avaliados foram: estado civil, escolaridade, idade gestacional, tipo de gravidez, tipo de parto, número de consultas pré-natal, raça cor, peso ao nascer e Apgar no quinto minuto. Na análise utilizaram-se o método de Kaplan-Meier e o modelo multivariado de Regressão de Cox (p<0,005). A coorte foi constituída por 2.879.624 nascidos, dos quais 42.102 foram a óbito antes de um ano, sendo identificados 31.979 registros (76%) por meio pareamento determinístico e probabilístico. Os fatores com maior risco de morte foram Apgar-5min menor que 7 (HR=10,7), baixo peso ao nascer (500 a 2.500 gramas) (HR=5), prematuridade (HR =2,8), sem pré natal (HR=2,03), analfabeta (HR=1,47), solteira (HR=1,24). O risco de morte variou inversamente proporcional ao número de consultas de pré-natal e escolaridade materna. As crianças pretas e indígenas apresentaram maior risco de morte, independente da região do país onde residiam. Observou-se que o risco do óbito infantil está fortemente associada as condições do parto e as condições maternas durante a gravidez, assim como determinantes sociais. Investimentos na qualidade do pré-natal, cuidados durante o parto são elementos que podem gerar impacto positivos na redução da mortalidade infantil no país.
|