09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
19308 - ACURÁCIA DA SINTOMATOLOGIA DA INFECÇÃO POR CT E NG EM MULHERES TRANSEXUAIS E TRAVESTIS LAÍS PACHECO DE OLIVEIRA - FTESM, CAROLINA CARACAS - UNIRIO, EMILIA MOREIRA JALIL - INI/FIOCRUZ, VALDILÉIA VELOSO - INI/FIOCRUZ, BEATRIZ GRINSZTEJN - INI/FIOCRUZ, LUCIANE VELASQUE - UNIRIO, RONALDO ISMÉRIO MOREIRA - INI/FIOCRUZ, ANA CRISTINA FERREIRA GARCIA - INI/FIOCRUZ, CRISTIANE CASTRO - INI/FIOCRUZ
Objetivos: Correlacionar a sintomatologia da infecção por Chlamydia trachomatis (CT) e Neisseria gonorrhoeae (NG) com método padrão ouro (PCR) na população de mulheres transexuais e travestis, interpretando a concordância da relação pelo coeficiente kappa. Métodos: Foram utilizados dados oriundos do projeto Transcender, que empregou uma abordagem conduzida por respondentes (RDS) para recrutar 345 travestis e mulheres transexuais entre agosto/2015 e janeiro/2016. As participantes foram testadas para CT e NG pelo método de PCR e participaram de um questionário que incluiu perguntas sobre sintomatologia das doenças sexualmente transmissíveis. Resultados: 327 (94.8%) participantes realizaram o teste para CT e 329 (95.4%) para NG. As prevalências estimadas de CT e NG foram, respectivamente, 14.6% e 13.5%. Das participantes que relataram corrimento uretral no momento da avaliação, 0.4% foram positivas para CT (K = -0.04) e 0% para NG (K = –0.04), com sensibilidade de 0.1% e 0% e especificidade de 97.4% para ambas; já as que relataram corrimento anal, 70.1% (K = 0.48) e 13.2% (K = -0.003) foram positivas para estas doenças, com sensibilidade de 43.2% e 8.8% e especificidade de 96.8% e 91%, respectivamente. Conclusão: Podemos observar que há limitações na abordagem sindrômica utilizada atualmente, devido a um maior número de mulheres transexuais e travestis assintomáticas quando comparado aos resultados laboratoriais positivos para Clamídia e Gonorreia. Esta análise corrobora com outros estudos sobre o assuntos.
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