09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
20182 - CONSUMO E RIQUEZA: CONCORDÂNCIA E CAPACIDADE EXPLICATIVA EM RELAÇÃO AO DÉFICIT DE ALTURA LUIS PAULO VIDALETTI - ICEH - INTERNATIONAL CENTER FOR EQUITY IN HEALTH, FATIMA SANTOS MAIA - ICEH - INTERNATIONAL CENTER FOR EQUITY IN HEALTH, CESAR GOMES VICTORA - ICEH - INTERNATIONAL CENTER FOR EQUITY IN HEALTH, ALUISIO JARDIM DORNELLAS DE BARROS - ICEH - INTERNATIONAL CENTER FOR EQUITY IN HEALTH
Objetivos: Utilizando inquéritos Living Standards Measurement Surveys (LSMS) recentes, avaliar a concordância da posição socioeconômica obtida a partir de dois critérios: gastos com consumo total e equivalente; índice de riqueza calculado baseado em bens e características dos domicílios. Além disso, avaliar qual índice apresenta melhor capacidade explicativa em relação ao déficit de altura entre crianças menores de 5 anos.
Métodos: Foram utilizados 10 inquéritos LSMS realizados a partir de 2007. O índice de riqueza foi calculado utilizando análise de componentes principais, seguindo metodologia proposta pelos Demographic Health Surveys (DHS). O gasto com consumo inclui a soma de todas as despesas do domicílio no período de referência, anualizado. Foram utilizados os valores disponibilizados nos bancos de dados dos inquéritos LSMS. A concordância entre os quintis dos índices foi avaliada através do índice Kappa ponderado e a correlação da ordenação obtida para cada método foi avaliada utilizando a correlação de Spearman. A capacidade explicativa de déficit de altura foi avaliada por regressão.
Resultados e conclusões: Encontrou-se concordância apenas moderada entre as duas classificações, sugerindo que cada método mede aspectos um pouco diferentes de posição socioeconômica. O índice de riqueza, em geral, foi um melhor preditor de déficit de altura que o consumo. O gasto com consumo e o índice de riqueza são medidas diferentes da posição socioeconômica domiciliar. Para a utilização em classificação socioeconômica em inquéritos de saúde, o índice de riqueza parece melhor, em vista de ser um melhor preditor de déficit de altura, condição amplamente reconhecida como ligada à pobreza.
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