09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
20510 - BACILOSCOPIA PARA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE PALMAS, TO. CRISTIANO SOARES DA SILVA - SEMUS PALMAS, FLÁVIA SANTOS MEDINA - SEMUS PALMAS, RAFAEL BRUSTULIN - SEMUS PALMAS, NADJA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO DE SOUSA - SEMUS PALMAS
Objetivo: Determinar a subnotificação de hanseníase utilizando os resultados da baciloscopia realizadas no município de Palmas, Tocantins.
Métodos: Estudo descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa. Os dados secundários foram obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) (2007 a 2016) e Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL) (2015 a 2016).
Resultados: O SINAN possui 2.687 registros de hanseníase no período de 2007 a 2016. No GAL foram encontradas 732 baciloscopias nos anos de 2015 e 2016. Desses, 434 não estavam notificados no SINAN, sendo que 10 apresentavam baciloscopia positiva. Em 2015, 63,1% (255) das baciloscopias negativas e 12,1% (7) das baciloscopias positivas não foram notificadas. Para 2016, foram respectivamente, 61,2% (169) e 6,8% (3). Levando em consideração que um resultado negativo de baciloscopia não exclui o diagnóstico de hanseníase e que a mesma é solicitada em casos suspeitos ou confirmados da doença, os dados apontam para uma possível falha de diagnóstico, uma vez que o intervalo de confiança de 95% da baciloscopia excluir o diagnóstico, em 2016, ficou entre 55,2% a 67,0%.
Conclusão: O coeficiente médio de detecção de casos novos de hanseníase em menores de 15 anos de idade em Palmas, no período de 2001 a 2014, foi de 23,7 casos por 100.000 habitantes. Isso indica hiperendemicidade da doença, podendo-se inferir que há focos de transmissão ativos. A pesquisa aponta para a necessidade de estudos mais detalhados para avaliação dos fatores que impedem o avanço do diagnóstico precoce, uma vez que se busca a erradicação do agravo.
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