09/10/2017 - 13:45 - 14:40
Apresentações |
20562 - ANÁLISE TEMPORAL DA TRÍPLICE EPIDEMIA (DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA) NA BAHIA, 2015-2016
LACITA MENEZES SKALINSKI - UFBA, MARIA DA CONCEIÇÃO NASCIMENTO COSTA - UFBA, MÁRCIO NATIVIDADE - UFBA, MARIA DA GLÓRIA TEIXEIRA - UFBA
Objetivo: Analisar a evolução temporal da dengue, chikungunya e Zika na Bahia, 2015- 2016. Métodos: Estudo de série temporal, tendo Semana Epidemiológica/SE de notificação como unidade de análise. O Sistema de Informação de Agravos de Notificação e o IBGE foram fontes de dados; casos descartados pelo critério laboratorial ou clínico-epidemiológico foram excluídos. Calculou-se a incidência de cada arboviroses por SE. As séries temporais foram avaliadas mediante regressão ARIMA (modelos autorregressivos integrados de médias móveis), aceitando-se nível de significância de 0,05. Resultados: Foram notificados no período 160.628 casos de dengue, 81.906 de chikungunya e 93.183 de Zika. Destes, foram descartados 23,7%, 5,2% e 7,5%, respectivamente. As três arboviroses circularam simultaneamente no Brasil, em 2015 e 2016, e apresentaram dois picos anuais, seguidos de declínio. Dengue atingiu pico máximo nas SE 12/2015 (20,1/100.000 hab.) e 08/2016 (44,8/100.000 hab); chikungunya nas SE 29/2015 e 08/2016 (com 5,8 e 34,3/100.000 hab.) e Zika nas SE 28/2015 e 08/2016 com 17,8 e 46,2/100.000 hab., respectivamente. A regressão ARIMA indicou tendências serial e sazonal com coeficientes de correlação serial e sazonal, respectivamente, para: dengue (Φ=0,8001; p=0,000); (Φs=5,412; p=0,000) chikungunya (Φ= 0,7683; p=0,000); (Φs= 4,3821; p=0,000) e Zika (Φ=0,9044; p=0,000); (Φs= 4,6167; p=0,000). Conclusão: Apesar das dificuldades de notificação após a emergência de Zika e chikungunya nos centros urbanos do Estado da Bahia, dada a semelhança do quadro clínico dessas duas arboviroses com dengue, foi possível capturar a tendência real das respectivas tendências temporal, observando a manutenção do padrão geralmente observado para as arboviroses.
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