Sessão de Poster
09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
20674 - EXISTE INEQUIDADE NO ATENDIMENTO DO PACIENTE IDOSO NOS SERVIÇOS DE EMERGÊNCIA? LUCIANO PASSAMANI DIOGO - HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE, LAURA FUCHS BAHLIS - PÓS GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA DA UFRGS, RICARDO DE SOUZA KUCHENBECKER - DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA FAMED/ UFRGS
Objetivo: avaliar as características e desfechos de pacientes idosos atendidos em emergência de hospital terciário do Sistema Único de Saúde.
Métodos: Estudo de coorte retrospectiva. Foram incluídos pacientes maiores de 13 anos atendidos na unidade de emergência de janeiro à dezembro de 2015, sendo definidos como idosos pacientes acima de 65 anos.
Resultados: 22298 adultos foram incluídos na análise, sendo 6825 (30,6%) idosos. A idade média dos idosos foi de 75,27 anos (DP 6,85), e de 44,65 anos (DP 14,43) no grupo controle. Entre idosos, 3460 (50,69%) eram do gênero masculino, enquanto nos demais 7040 (45,5%). Não houve diferença na distribuição entre grupos da classificação de risco de Manchester (STM). A mortalidade geral foi de 1,17% (262) sendo 2,06% (141) nos idosos e 0,78% (121) no grupo controle, p<0,001. 3852 (56,4%) dos idosos e 10349 (66,9%) do controle tiveram alta direto da emergência (p<0,001), enquanto 2749(40,3%) dos idosos e 4560 (29,5%) do controle necessitaram de internação hospitalar, p<0,001. O tempo médio de permanência na emergência foi de 58,93 horas (±61,8) entre os idosos, e, nos demais, 39,4h (±51,9), p<0,0001 (Mann-Whitney). O STM apresentou área sob a curva ROC de 0,75 IC-95% (0,73-0,77), sendo de 0,72 IC-95%(0,69-0,75) entre os idosos e 0,77(0,73-0,80) nos demais, p<0,046 (DeLong).
Discussão: O estudo demonstra diferenças na mortalidade, tempo de permanência e necessidade de internação, que podem decorrer de iniquidades do atendimento ou diferença do perfil. Mais estudos visando entender estas disparidades devem ser realizado para atender a demanda crescente de pacientes idosos nas emergências.
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