09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
20806 - DEFICIÊNCIA DE ACESSO NA APS INDÍGENA: CONTRIBUIÇÃO PARA AS COMPLICAÇÕES DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS EM ÁREA INDÍGENAS HERNANE GUIMARÃES DOS SANTOS JUNIOR - UFOPA, THAYNA MARIA HOLANDA DE SOUZA - SESAI, RAYSA MICAELLE DOS SANTOS MARTINS - SESAI
O presente trabalho busca analisar a situação epidemiológica dos acidentes por animais peçonhentos ocorridos em área indígena. O estudo foi realizado com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio do Software Excel 2016. No ano de 2015, no Brasil, 1% dos acidentes por animais peçonhentos aconteceram entre populações indígenas, porém a população total indígena representa somente 0,4% da população brasileira. Os acidentes com serpentes representam 60% dos casos na população indígena e somente 17% na população não indígena. Quanto aos acidentes com escorpião, 19% ocorreram na população indígena contra 47% entre não indígenas. Um indicador primordial para medir acesso ao serviço de saúde e para resolução de casos de envenenamento é o tempo entre o acidente e o atendimento. Para a população não indígena, 44% dos acidentes são atendidos na primeira hora após o acidente, o que difere da população indígena, que possui apenas 24% dos casos atendidos na primeira hora. Quando analisamos o indicador da classificação final, observamos que a proporção de casos graves (indígenas 7% e não indígenas 2%) e moderados (indígenas 31% e não indígenas 14%) são 3 vezes maiores em populações indígenas. Outro indicador é a evolução do caso, na população indígena a taxa de letalidade deste agravo é de 1%, com média de 20% das notificações sem informação para o desfecho do caso. Esses danos à saúde da população indígena estão relacionados principalmente a deficiência de acesso ao serviço de saúde.
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