09/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
21038 - ABANDONO DO TRATAMENTO ENTRE CASOS DE HANSENÍASE NO ESTADO DA BAHIA: PADRÕES ESPACIAIS E TEMPORAIS DE 2003-2014 ELIANA AMORIM DE SOUZA - UFC, ANDERSON FUENTES FERREIRA - UFC, REAGAN NZUNDU BOIGNY - UFC, ALBERTO NOVAES RAMOS JR. - UFC
Objetivo: Caracterizar os padrões e tendências temporais e espaciais da proporção de casos de hanseníase com abandono de tratamento no estado da Bahia nas coorte de 2003-2014. Métodos: Estudo ecológico, a partir de dados coletados no SINAN-hanseníase dos 417 municípios da Bahia e suas nove regiões de saúde. Calculada a proporção de casos novos em abandono, por sexo, tendência temporal por joinpoint, distribuição e autocorrelação espacial. Resultados: Foram notificados 34.277 casos novos de hanseníase, sendo que 83,8% tiveram saída como cura. Entre os 6,1% (2.105) que tiveram saída como abandono, não houve diferença significativa entre homens (6,2%) e mulheres (6,1%). A tendência por joinpoint indica redução para ambos os sexos, no entanto, entre os homens (AAPC -2,7; IC 95% -4,4 a -1,0) a velocidade de queda é menos acentuada do que entre as mulheres (AAPC-4,9%; -8,7 a -1,2). Houve maior número municípios sem registro de casos (66,7%; 278); entre os que notificaram (33,3%; 139) a maioria teve menos de 10 casos (56,8%; 79). No período de 2009-2014 elevou-se o número de municípios nesta condição (77,9%; 154). Verificou-se aglomerado de municípios que apresentaram similaridade com seus vizinhos na proporção de casos de abandono. Conclusão: O abandono é uma realidade ainda presente no estado da Bahia com padrões diferenciais ao longo do tempo e no espaço. A questão de gênero pode estar contribuindo para estes padrões, o que reforça a necessidade de estudos adicionais para compreender os motivos de abandono.
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