10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
16266 - EVOLUÇÃO DAS DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS NA REALIZAÇÃO DE PRÉ-NATAL NO BRASIL: 2000-2013 MARIANA BORSA MALLMANN - UFSC, ANTONIO FERNANDO BOING - UFSC, JULIANA CRISTINE DOS ANJOS - UFSC, ALEXANDRA CRISPIM BOING - UFSC
Objetivo: analisar a evolução da realização de sete ou mais consultas pré-natais segundo características socioeconômicas maternas, no período de 2000 a 2013 em todo o território brasileiro. Método: estudo ecológico de séries temporais com dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Investigaram-se as desigualdades relativa e absoluta na realização de sete ou mais consultas pré-natais segundo a escolaridade materna e a raça/cor do recém-nascido, ajustando-se por idade materna e duração da gestação. Resultados: a realização de sete ou mais consultas pré-natais aumentou na média nacional e em todos os níveis de escolaridade materna. A prevalência do desfecho para gestantes não alfabetizadas passou de 21,3% para 30,1%, e para gestantes com doze ou mais anos de estudo foi de 74,4% para 82,8%. Aumento na realização de sete ou mais consultas também foi observado em relação à raça/cor, verificando-se elevação de aproximadamente 20 pontos percentuais entre os recém-nascidos classificados como brancos, pretos e pardos, e 35 pontos percentuais entre amarelos. A exceção foi entre os indígenas, cuja proporção variou negativamente no período analisado. Destaca-se, no entanto, que as desigualdades absolutas entre as categorias permaneceram constantes no decorrer dos anos e as desigualdades relativas apresentaram limitada oscilação negativa. No caso da população indígena, as desigualdades aumentaram. Conclusão: A proporção de gestantes com sete ou mais consultas pré-natais aumentou no Brasil, no entanto, desigualdades ainda são observadas.
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