10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
16343 - EPISÓDIOS DE DISCRIMINAÇÃO ENTRE TRAVESTIS, TRANSEXUAIS E TRANSGENEROS EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE JUNIOR ARAUJO SOUSA - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS - UNISANTOS, CLAUDIA RENATA DOS SANTOS BARROS - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS - UNISANTOS
Objetivo: Descrever a ocorrência de discriminações e/ou preconceito em estabelecimentos de saúde. Métodos: Estudo transversal, como amostra estimada de 1067. A coleta de dados, em andamento, por meio de redes sociais (Facebook). O instrumento compreende 49 perguntas em três dimensões: Representações Sociais na Identidade, Família e Estabelecimentos de Saúde. As variáveis foram descritas por frequências absolutas e relativas. Resultados: A amostra até o momento de 430 travestis, com 63,8 (%), mulheres transexuais 123 (18,2 %), homens trans 83 (12,3 %), Drag Queen 35 (5,2%) e 3 (0,4%) King Queen (Transgêneros). Identificou-se que o Sistema Único de Saúde (SUS) como principal meio de acesso (57%), Sistema Privado (5%), ambos (35,4%). A maioria (74%) relatou episódio de discriminação nos estabelecimentos de saúde, que foram a não utilização do nome social no prontuário (23%), recusa no atendimento no atendimento (19%) e não utilização do nome social durante o atendimento (16%). Em relação aos locais, destaca-se o Pronto-Socorro (48,1%), Hospital (20,4%), Farmácia (16,2%), Posto de Saúde (10,4%). Os episódios ocorrem 45% nos atendimentos e 36% no acolhimento. No que diz respeito aos profissionais, (35,3%) relataram ser por Recepcionistas, Médicos (29,7%), Farmacêuticos (9,8%). Conclusão: Há alta prevalência de episódios de discriminação e/ou preconceito nos serviços de saúde entre a população estudada. Embora os dados ainda sejam parciais demonstram que a Política Nacional de Saúde Integral LGBT em vigor, seja pautada na não discriminação e preconceito institucional, ainda é necessário construir estratégias para um atendimento humanizado. Pesquisa financiada com a verba da Bolsa CAPES/PROSUP.
|