Sessão de Poster
10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
16507 - FATORES ASSOCIADOS A CARGA ALOSTÁTICA ELEVADA EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM ONCOLÓGICA JULIANO DOS SANTOS - EEUSP, KARINA CARDOSO MEIRA - ESUFRN, JULIANA NERY DE SOUZA-TALARICO - EEUSP, ANGELA MARIA GERALDO PIERIN - EEUSP
Objetivo: Descrever a prevalência e os fatores associados a carga alostática elevada em profissionais de enfermagem oncológica. Método: Estudo transversal, com 231 profissionais de um Centro de Alta Complexidade em Oncologia, selecionados por amostragem aleatória simples. Entre dezembro/2013 e junho/2015 foi realizada entrevista para avaliação de variáveis sociodemográficas, relacionadas ao trabalho e hábitos de vida. A carga alostática foi analisada por mediadores neuroendócrinos, metabólicos, cardiovasculares e imunológicos, obtidos a partir de amostra de sangue periférico, aferição da pressão arterial casual e medidas antropométricas. Os fatores associados foram avaliados por meio da Regressão de Poisson com variância robusta, sendo considerados estatisticamente significativos valores de p≤0,05. Resultados: As prevalências de mediadores alterados foram :29,0% pressão arterial sistólica, 36,4% pressão arterial diastólica, 13,0% razão cintura-quadril, 61,5% proteína-C reativa ultrassensível, 29,9% fibrinogênio, 84,4% colesterol total, 9,5% HDL-colesterol, 37,2% triglicérides e 15,6% hemoglobina glicada.A prevalência de carga alostática elevada foi de 58,0%, contemplando 57,1% das mulheres e 62,5% dos homens (p=0,527). Os fatores associados a carga alostática elevada foram: concentração diminuída durante o plantão (RP=1,36;IC95%:1,05-1,76); hipertensão do avental branco (RP=1,82;IC95%:1,39-2,38); comer alimentos doces entre 1 e 4 dias por semana (RP=1,48;IC95%:1,13-1,93) e entre 5 a 7 dias por semana (RP=1,53;IC95%: 1,16-2,02); e, maior pressão arterial sistólica média da MAPA do período de 24 horas (RP=1,01;IC95%: 1,003-1,021). Conclusões: A prevalência de carga alostática alterada foi elevada entre os profissionais em estudo, sinalizando a existência de estresse crônico nesses profissionais o que pode interferir na saúde dos mesmos e na assistência de enfermagem prestada.
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