10/10/2017 - 13:45 - 14:40
Apresentações |
16599 - FATORES PREDITORES PARA O ÓBITO EM PACIENTES INTERNADOS EM UTI
HUGO DIAS HOFFMANN SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, ROSANE C. HAHN - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
Objetivo: Avaliar as exposições preditoras ao óbito em pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Métodos: Realizou-se uma coorte retrospectiva em pacientes internados na UTI adulto de um hospital universitário de Cuiabá/MT entre 2014-2016. O tempo entre o início e o fim da internação foi considerado como desfecho, o óbito como falha e a alta/transferência como censura. Por meio do software Stata® 12.0 (College Station, Texas, EUA) as funções de sobrevida foram avaliadas pelo teste de Log-rank e curva de Kaplan-Meier, considerando significante p ≤ 0,05. Resultados: Foram seguidos 217 pacientes, a maioria pertenceu ao sexo masculino (51,1%; n=111). A idade mediana foi igual a 55 anos (IQR=42-68) para os pacientes do sexo masculino e 42 anos (IQR=25-66) para o sexo feminino. O óbito ocorreu em 46,5% (n=101), a maioria do sexo masculino (60,4%; n=61). Foram fatores preditores ao óbito: neoplasia (RR=1,90; IC95%=1,06-3,23; p=0,02), gasometria arterial com pH<7,35 (RR=20,91; IC95%=5,98-68,74; p<0,001) e proteína C-reativa >150mg/L (RR=2,97; IC95%=1,75-4,84; p<0,001). A curva de Kaplan-Meier apresentou função de sobrevida estatisticamente diferente entre os pacientes que desenvolveram acidemia e aqueles que não apresentaram desequilíbrio ácido-base (Log-rank, p<0,01). Após 30 dias de internação, a probabilidade de sobrevivência foi de 86,1% (IC95%=54,9-96,4) entre os pacientes que não desenvolveram acidemia e 33,3% (IC95%=4,61-67,6) entre os que desenvolveram acidemia. Conclusões: Neoplasia, acidemia e níveis elevados de proteína C-reativa se comportaram como fatores preditores para o óbito em pacientes internados em UTI adulto. A probabilidade de sobrevivência na UTI adulto foi menor entre os que desenvolveram acidemia.
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