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Sessão de Poster

10/10/2017 - 13:45 - 14:40
Apresentações

16705 - CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E FATORES ASSOCIADOS EM ESCOLARES DE NITERÓI, RJ
LUCIANA SPESSOTO DOS SANTOS - IESC/UFRJ, ANTONIO JOSÉ LEAL COSTA - IESC/UFRJ, PAULINE LORENA KALE - IESC/UFRJ, MARIA DE LOURDES TAVARES CAVALCANTI - IESC/UFRJ, JACKELINE CHRISTIANE PINTO LOBATO - IESC/UFRJ


Objetivo: Analisar o consumo de alimentos ultraprocessados e seus fatores associados em adolescentes escolares, de 10 a 14 anos.
Métodos: Estudo seccional em duas escolas públicas de Niterói, RJ, com autopreenchimento de questionários pelos escolares/responsáveis sobre condições sociodemográficas e hábitos de vida. Amostra aleatória selecionada para segunda etapa com aplicação de um Questionário de Frequência de Consumo Alimentar, dentre outras questões. Os alimentos foram classificados em 3 grupos: in natura/minimamente processados (Grupo 1), processados (Grupo 2) e ultraprocessados (Grupo 3). O percentual de consumo de ultraprocessados foi avaliado segundo as variáveis sexo, idade (10-12/13-14 anos), escola, classe socioeconômica (Alta/baixa), atividade física (Ativo/sedentário), padrão de consumo de refeição (Satisfatório/insatisfatório), tabagismo, uso de emagrecedores, regime, compulsão alimentar e autoavaliação de saúde, através de modelos de regressão linear.
Resultados: Entre os 143 adolescentes, o consumo médio diário de energia foi de 2.868,5 kcal, sendo 54,1% proveniente de alimentos ultraprocessados. As meninas apresentaram maior consumo em relação aos meninos (54,2% vs. 50,5%), bem como os adolescentes com compulsão alimentar (54,6vs.49,6%) e os sedentários (53,5%vs.49,8%). O consumo de ultraprocessados foi menor em idades mais precoces (51,7% vs. 53,7%) e na classe socioeconômica mais baixa (52,1%vs.53,1%). Adolescentes com episódios de compulsão alimentar apresentaram uma média cerca de 5 vezes maior, ajustados por sexo, idade, escola e atividade física.
Conclusões: Constatou-se o elevado consumo de ultraprocessados na população de adolescentes, especialmente em adolescentes meninas, em idades precoces, sedentários e com compulsão alimentar, resultados que podem contribuir para o aprimoramento de políticas públicas nessa população.


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