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Sessão de Poster

10/10/2017 - 13:45 - 14:40
Apresentações

16868 - RESILIÊNCIA ENTRE JOVENS DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO: UM ESTUDO DE COORTE
CRISTIANE SILVESTRE PAULA - UNIVERSIDADE P MACKENZIE -UPM, SUZANA PESSOA GUERRA ZAYAT - UNIVERSIDADE P MACKENZIE - UPM, JOHN RøNNING - UNIVERSIDADE DE TROMSO, NORUEGA, WAGNER RIBEIRO - PERSONAL SOCIAL SERVICE RESEARCH UNITY, LONDON SCHOOL OF ECONOMICS AND POLITICAL SCIENCE. INGLATERRA, EVANDRO S COUTINHO - FIOCRUZ (ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA), ISABEL ALTENFELDER BORDIN - UNIFESP


Objetivo: Investigar fatores envolvidos na resiliência de jovens após exposição à violência (em casa/escola/comunidade) e/ou a eventos de vida estressantes.
Métodos: Estudo de coorte conduzido em Itaboraí-RJ em duas fases com intervalo de 12,9 meses (média). A primeira envolveu uma amostra probabilística populacional de 680 adolescentes (11-15 anos); destes, 232 foram considerados elegíveis, pois não tinham problemas de saúde mental, mas haviam sido expostos a violência/eventos estressantes na primeira fase. Na segunda fase (N=190, perda amostral=18%), avaliou-se a saúde mental dos adolescentes. Instrumentos padronizados: saúde mental dos adolescentes (Strenghts and Difficulties Questionnaire-SDQ), mães (Self-Report Questionnaire-SRQ); nível socioeconômico (ABEP); práticas parentais (Memórias sobre Cuidados Parentais Recebidos-EMBU); punição física grave (WorldSAFE); fatores demográficos familiares, exposição a eventos de vida estressantes, bullying e violência comunitária (questionários/questões estruturadas).
Resultados: 87% dos adolescentes mostraram-se resilientes, pois não apresentaram problemas de saúde mental em nível limítrofe ou clínico um ano após o relato de exposição à violência e/ou a eventos de vida estressantes. A análise multivariada (regressão binomial negativa) identificou três fatores relacionados à resiliência: ser do sexo masculino (RR=1,18), ter nível socioeconômico mais elevado (RR=1,18) e não ter pais superprotetores (RR=0,98).
Conclusões: Este estudo revelou como fatores promotores da saúde mental na adolescência (resiliência), ser do sexo masculino, pertencer à família de nível socioeconômico mais alto e não ter pais superprotetores. Recomenda-se futuros estudos com amostras maiores e de seguimento mais longo que confirmem esses fatores ligados a resiliência, visando o planejamento de políticas públicas de prevenção que envolvam os aspectos aqui identificados.


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