10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
16933 - ESTADO NUTRICIONAL DE ADULTOS RESIDENTES EM UMA ÁREA URBANA CARENTE DE PERNAMBUCO SILVIA PEREIRA DA SILVA DE CARVALHO MELO - CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES/FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ – FIOCRUZ, EDUARDA ÂNGELA PESSOA CESSE - CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES/FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ – FIOCRUZ, PEDRO ISRAEL CABRAL DE LIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE, MARIA ANDRESSA GOMES BARBOSA - CENTRO DE PESQUISAS AGGEU MAGALHÃES/FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ – FIOCRUZ, ANETE RISSIN - INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP, MALAQUIAS BATISTA FILHO - INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP
Objetivo: Descrever o estado nutricional e analisar os fatores associados ao excesso de peso (sobrepeso/obesidade) em adultos residentes numa área urbana carente (favela) do Recife, Pernambuco. Métodos: Trata-se de um estudo transversal analítico, com uma amostra de 644 adultos de 20 a 59 anos. Os adultos foram classificados como: baixo peso (IMC <18,5kg/m2), eutrofia (≥18,5 e <25kg/m2), sobrepeso (≥25 e <30kg/m2), obesidade (≥30 kg/m2), obesidade grave (≥40 kg/m2) e excesso de peso (≥25kg/m2). Analisaram-se possíveis associações do excesso de peso com fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e morbidades através de Regressão de Poisson, considerando-se como estatisticamente significantes aqueles com valor de p<0,05. Os resultados foram expressos por razão de prevalência e intervalo de confiança de 95%. Resultados: As prevalências do sobrepeso e da obesidade representaram, respectivamente, 35,7% e 34,6%. Do total de obesos, 3,4% tinham obesidade grave, equivalendo a quase o dobro dos casos de baixo peso (1,9%). A prevalência de excesso de peso foi de 70,3%, sendo maior nas mulheres (72,4%) e na faixa de 30-39 anos, estabilizando-se nas demais. No modelo de regressão multivariada, as variáveis estatisticamente significantes foram: sexo, faixa etária, classe econômica, consumo semanal de feijão, diabetes mellitus e hipertensão arterial. Conclusão: A elevada prevalência de excesso de peso encontrada pressupõe que as comunidades carentes já se incluem no processo de transição nutricional. Assim, o excesso de peso deve ser visto como um problema prioritário de saúde pública nestas áreas. Recomenda-se expandir estudos semelhantes para outras comunidades afins no país, visando maior conhecimento do problema.
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