10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
16938 - ESTUDO COMPARATIVO DOS FATORES ASSOCIADOS A TRANSTORNOS POR USO DE DROGAS COM COMORBIDADE PSIQUIÁTRICA EM POPULAÇÕES PRISIONAIS DO BRASIL E AUSTRÁLIA MAIRA MENDES DOS SANTOS - UNIVERSIDADE CATOLICA DE SANTOS, ROHAN BORSCHMAN - UNIVERSIDADE DE MELBOURNE, JESSE YOUNG - UNIVERSIDADE DE MELBOURNE, SERGIO BAXTER ANDREOLI - UNIVERSIDADE CATOLICA DE SANTOS
Objetivo: Comparar os fatores associados à comorbidade psiquiátrica com transtornos por uso de drogas no sistema prisional do Brasil (BRA) e Austrália (AUS). Método: Análise de bancos de dados de São Paulo ( N 1809) e Queensland (N 1325) com populações prisionais. Em São Paulo, o estudo foi corte transversal, com amostra probabilística, proporcional e em multi-estágios. Utilizou-se “Composite International Diagnostic Interview” (CIDI), com dados complementares demográficos, clínicos e criminais. Na Austrália, foi um ensaio controlado aleatório, duplo-cego. Para esse estudo, considerarou-se apenas a primeira coleta de dados. Utilizou-se questionário com dados demográficos, clínicos e criminais e para avaliação dos transtornos mentais, utilizou-se conexão de dados dos serviços de saúde do sistema prisional e do departamento de urgência e emergência, de 3 anos antes do encarceramento. As análises descritivas foram calculadas (IC - 95%) para todas variáveis e estratificadas por país. Realizou-se análise de regressão logística multinomial, com variável dependente assim categorizada: 1) Ter transtorno mental; 2) ter transtorno por uso de drogas; 3) ter comorbidade psiquiátrica; 4) não ter transtorno mental. Resultados: As prevalências para vida no Brasil e na Austrália foram, respectivamente: transtorno mental (10.26%; 25.48%), comorbidade psiquiátrica (14.86%; 24.90%) e transtornos por uso de drogas ( 30.02%;12.45%). A comorbidade psiquiátrica esteve associada à reincidência (BRA RR 2.27 IC 1.57-3.29) (AUS RR 3.12 IC 1.98-4.88) e problemas de saúde (BRA RR 1.95 IC 1.2902.93) (AUS RR 2.53 IC 1.76-3.65) em ambos países. Conclusão: Mesmo com diferentes sistemas prisionais, a comorbidade psiquiátrica apresenta demandas de saúde e reabilitação social.
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