10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
16991 - LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DAS DOENÇAS BUCAIS EM UMA PENITENCIÁRIA FEMININA IRANILDA ALVES DE MENDONÇA - PUC-PR, IRANILDA ALVES DE MENDONÇA - PUC-PR, GUSTAVO HERMES SOARES - PUC-PR, GUSTAVO HERMES SOARES - PUC-PR, MAIARA MEDEIROS RONSANI - PUC-PR, MAIARA MEDEIROS RONSANI - PUC-PR, SAMUEL JORGE MOYSÉS - PUC-PR, SAMUEL JORGE MOYSÉS - PUC-PR, SIMONE TETU MOYSÉS - PUC-PR, SIMONE TETU MOYSÉS - PUC-PR, RENATA IANI WERNECK - PUC-PR, RENATA IANI WERNECK - PUC-PR
A população de mulheres encarceradas no Brasil vem crescendo grandemente nos últimos anos. Mesmo com todos os direitos fundamentais assegurados por lei, o encarceramento pode acentuar vulnerabilidades e propiciar o surgimento ou agravamento de doenças nesta população. Objetivo: estudar as doenças bucais e a qualidade de vida de detentas na Penitenciária Feminina do Paraná, na cidade de Piraquara, Paraná-Brasil. Métodos: foi conduzido um levantamento epidemiológico composto por exame clinico, questionário para avaliar as condições de saúde bucal e as necessidades de tratamento e o OHIP-14 para verificar qualidade de vida. Os dados foram analisados através do software SPSS, versão 20.0. Resultados: Foram examinadas 305 internas. A média de idade foi 32,10 anos e 65,8% apresentaram ensino fundamental completo. O valor médio para o índice CPO-D foi de 11,58, com maior frequência o componente “perdido”. 91,4% das detentas afirmaram possuir necessidades de tratamento e 57,2% confirmaram histórico de dor de dente nos seis meses anteriores à realização do exame. Mais da metade das detentas apresentaram bolsa periodontal. Apenas 2,4% apresentaram todos os sextantes livres de alterações periodontais. Na análise do OHIP-14 verificou-se média de 19,16, sendo as dimensões psicológica, seguida da dimensão física as mais impactadas. Conclusões: A garantia do direito à saúde da população carcerária de modo geral deve guiar-se não somente pela redução dos agravos de saúde bucal e reabilitação oral, mas principalmente pela capacitação das detentas quanto ao autocuidado, prevenção e detecção precoce de doenças, com base na atenção integral ao indivíduo e promoção de saúde nos presídios.
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