10/10/2017 - 13:45 - 14:40 Apresentações |
17424 - EXPOSIÇÃO À VIOLÊNCIA INTERPESSOAL E AUTOAVALIAÇÃO DE SAÚDE: ANÁLISE DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE (PNS), 2013. ALICE BARONE DE ANDRADE - FMUSP, MARIA FERNANDA TOURINHO PERES - FMUSP, CATARINA MACHADO AZEREDO - UFU
Considerando os impactos negativos na saúde, a violência é reconhecida como um problema de saúde pública. Objetivo: O presente estudo pretende analisar a associação entre a exposição à violência comunitária e familiar e a percepção negativa de estado de saúde, distinguindo os tipos de violência sofrido e, também, considerando sua concomitância. Métodos: Estudo de epidemiológico de corte transversal desenvolvido com os dados “Pesquisa Nacional de Saúde - PNS 2013”. A análise foi realizada no programa de estatística STATA 12.0. Foram realizados modelos de regressão logística multinominal brutos e ajustados para teste de associação das variáveis. Resultados: Não encontramos associação entre violência interpessoal comunitária isolada e autoavaliação do estado de saúde. A exposição à violência familiar mostrou-se associada à autopercepção do estado de saúde como regular (OR=2,12) e Ruim (OR=1,33). A exposição sobreposta aos dois tipos de violência interpessoal mostrou-se associada de forma significante sendo a associação de maior magnitude, tanto para uma avaliação regular (OR=3,64, IC95%1,42-9,31) como ruim (OR=7,12, IC95%2,19-23,14). Conclusão: A exposição à violência interpessoal associa-se à uma pior percepção do estado de saúde, especialmente na presença de violência familiar. A vitimização por violência interpessoal comunitária parece exercer um efeito potencializador do impacto negativo da violência familiar na percepção do estado de saúde. Os profissionais de saúde devem estar atentos à polivitimização, investigando a co-ocorrência de violência comunitária entre as vitimas de violência familiar que chegam aos serviços de saúde.
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